3. Hemorragia Puerperal
A hemorragia puerperal, também chamada de hemorragia pós-parto (HPP), está relacionada à alta taxa de mortalidade materna (BRASIL, 2003). É definida como a perda de 500ml de sangue ou mais pelo trato genital no puerpério (OMS, 2005).
A atonia uterina pode ser prevenida com a administração de 10 U de ocitocina via Intramuscular (IM) imediatamente após o desprendimento do feto. A ocitocina também pode ser administrada por via endovenosa (EV) em uma solução de 500ml de soro glicosado 5% e 20 U de ocitocina com gotejamento de 20-30 gotas por minuto. Outras medicações podem ser utilizadas para resolução da atonia uterina, são elas: metilergometrina na dose de 0,2mg EV, misoprostrol na dose de 2 comprimidos via oral (VO), ou no fundo de saco vaginal.
A metilergometrina pode causar hipertensão, portanto não deve ser utilizada em puérperas hipertensas.
Em caso de choque hemorrágico, o Ministério da Saúde (BRASIL, 2003) sugere algumas regras para reposição de volume, dependendo do diagnóstico realizado, como segue:
Quadro 4.2: Classificação de diagnóstico.
Fonte: Brasil (2003)
A anemia é um fator que pode complicar, e muito, a condição clínica da puérpera com HPP, já que uma pequena perda sanguínea pode ser fatal (OMS, 2005).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (2005), os princípios para atenção ao HPP são: rapidez, competências e prioridades, sendo que suas prioridades são definidas:
Em caso de suspeita ou diagnóstico de hemorragia, deve-se providenciar imediatamente um acesso venoso, caso a puérpera não esteja em terapia intravenosa.
Na próxima página, trataremos das intercorrências neonatais. Acompanhe!