Intercorrências neonatais

Hipoglicemia

A hipoglicemia é uma intercorrência neonatal muito comum neste período, que pode ocorrer quando há uma redução da concentração de glicose plasmática abaixo de 45mg/dl (HOCKENBERRY, 2006; ORSHAN, 2010) ou do sangue total inferior a 40mg/dl (BRASIL, 2011), embora ainda exista controvérsia acerca da definição de hipoglicemia, tais índices são atualmente aceitos (ORSHAN, 2010). Como critérios diagnósticos de glicemia estão (BRASIL, 2011b; 2011c):

• Níveis baixos de glicemia (definidos mediante uso de métodos fidedignos).
• Sinais clínicos.
• Desaparecimento dos sinais mediante correção da glicemia.

É de extrema importância que sejam adequadamente identificados os fatores de risco, como também avaliados os recém-nascidos com maior possibilidade de desenvolverem hipoglicemia (ORSHAN, 2010). Segundo Brasil (2011b; 2011c) e Orshan (2010), os sinais clínicos de hipoglicemia incluem:

• Movimentos espasmódicos.
• Hipotermia.
• Irritabilidade, letargia, torpor.
• Hipotonia.
• Choro com tonalidade alta ou choro fraco.
• Apneia.
• Bradicardia.
• Sofrimento respiratório.
• Sucção insatisfatória (ausente ou débil).
• Vômito.
• Cianose.
• Convulsões.

Veja na animação a seguir quais as intervenções adequadas ao tratamento da hipoglicemia.

As intercorrências obstétricas e neonatais são responsáveis, em grande parte, pelos altos índices de morbimortalidade materno e neonatal. A identificação precoce de sinais e sintomas apresentados pela mulher e pelo recém-nascido no Alojamento conjunto permite ao(a) enfermeiro(a) atuar de modo efetivo para oferecer assistência qualificada e contribuir para a redução de tais índices. Mediante conhecimento clínico e realização de avaliação precisa de cada caso, será realizado um planejamento com posterior implementação e avaliação das ações desenvolvidas para a mulher e para a criança, frente às intercorrências ocorridas no Alojamento conjunto.