Na sala de parto, o cuidado de enfermagem visa contribuir para a ocorrência do contato entre a mãe e o seu filho após o nascimento, o mais precocemente possível, se ambos estiverem em condições físicas e emocionais adequadas. O contato pele-a-pele precoce e prolongado é recomendado no período pós-parto imediato e deve durar até a primeira mamada ou pelo tempo que a mãe desejar (WORLD HEALTH ORGANIZATION; UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND, 1998). Durante o contato pele-a-pele precoce, a criança não precisa sugar, mas as evidências científicas demonstram que este contato cria um ambiente ótimo para a adaptação do recém-nascido à vida extrauterina. Além disso, este contato auxilia no estabelecimento da sucção precoce e estimula a hipófise na produção de prolactina e ocitocina, responsáveis pela produção e ejeção láctea, respectivamente, e com efeitos da ocitocina sobre a involução uterina mais rápida e para um menor sangramento (MATTAR; ABRÃO, 2003).
![]() |
Palavra do Profissional |
![]() |
Saiba Mais |
Após o nascimento, o Alojamento conjunto é fundamental para o incentivo do aleitamento materno, pois a mãe pode oferecer o leite materno ao seu filho sempre que ele demonstrar fome, em livre demanda e não em horários rígidos (BRASIL, 2001). Neste sistema de internação, a mulher tem ainda a oportunidade de aprendizado durante os dias que permanecer na maternidade, recebendo dos profissionais orientações referentes ao cuidado com os filhos.
No Alojamento conjunto, o(a) enfermeiro(a) deve realizar o cuidado ao aleitamento materno, considerando que esta situação é única, mesmo que a mulher já tenha amamentado anteriormente, pois para o filho que acabou de nascer é a primeira vez que o processo está acontecendo. Segundo Vinha (1999), Mattar e Abrão (2003) a Abrão (2006), as seguintes orientações devem ser realizadas:
Outras orientações devem ser feitas com o intuito de favorecer a amamentação: o local para amamentar deve ser calmo e confortável; amamentar em uma mama de cada vez e pelo tempo que o bebê desejar; a mulher precisa saber que o intervalo entre as mamadas varia de criança para criança, por isso é importante manter o esquema de livre demanda (VINHA, 1999; MATTAR; ABRÃO, 2003; ABRÃO, 2006).
Veja na animação a seguir algumas práticas que, de acordo com Vinha (1999), Mattar e Abrão (2003) a Abrão (2006), NÃO são recomendadas:
O conhecimento sobre os aspectos relacionados à prática do aleitamento materno é de extrema importância para que o(a) enfermeiro(a) auxilie a puérpera e o bebê a vivenciarem a amamentação de forma efetiva e tranquila, recebendo do profissional as orientações necessárias e adequadas para o êxito deste processo. Sendo assim, neste estudo aprendemos sobre a anatomia da glândula mamária feminina, a fisiologia da lactação e importantes orientações relacionadas aos uidados de enfermagem para favorecer a amamentação.