Módulo 8: Linha de Cuidado Nas Urgências/Emergências Traumatológicas
Unidade 4: A avaliação Secundária da vítima de trauma

A avaliação Secundária da vítima de trauma

Intervenções de enfermagem – Medo e ansiedade.

Continuando a avaliação secundária, o enfermeiro observa que cada indivíduo aprende um comportamento a partir de experiências vividas, percebidas ou influenciadas pelo meio ambiente. Assim, realidades experienciadas que envolvem sentimentos de perda, separação, ameaças de mudança na saúde e perda da proteção geram as evidências observadas. Ao sofrer um acidente, a pessoa sente sua existência ameaçada, toma consciência de sua finitude, percebe-se como um ser mortal, o que gera muita ansiedade e angústia. A partir do momento do trauma, sofre uma desorganização total em sua vida pessoal, passando a conviver com seu sofrimento, sua própria dor e deixa de ter um futuro, enfim, começa um caminho de insegurança e desproteção (CYRILLO, 2005).

Assim, para os diagnósticos (NANDA-I, 2010) de ansiedade e de medo, o enfermeiro que assiste pessoas em situação de urgência deve aplicar alguns tratamentos para os referidos diagnósticos identificados. A seguir, acompanhe as sugestões de intervenções de enfermagem relacionadas ao medo e à ansiedade no paciente vítima de trauma e suas atividades/ações.

Os diagnósticos de enfermagem de risco descrevem respostas humanas a condições de saúde/processos vitais que podem desenvolver-se em um indivíduo, família ou comunidade vulnerável (NANDA, 2000). Para tanto, é preciso garantir os elementos necessários em um sistema de atenção de emergência, considerando recursos humanos, infraestrutura, equipamentos e materiais, de modo a assegurar uma assistência integral, com qualidade adequada e contínua.

O atendimento às pessoas em situação de urgência é um serviço complexo que exige de sua equipe total domínio das situações e das condutas, e uma forma de garantir isso ao paciente é investindo em educação e supervisão dos atendimentos. Essas ferramentas administrativas, quando utilizadas de forma adequada, contribuem sobremaneira para a segurança do paciente

Para garantir a segurança do paciente em situação de urgência, devemos realizar as intervenções e as atividades que minimizem o risco de infecção, de quedas e de trauma secundário nas ações de qualquer integrante da equipe de saúde, e podem variar desde uma imobilização feita de maneira inadequada até uma não higienização das mãos, colocando o paciente em risco de infecção (PEDREIRA, 2009).

A seguir, descreveremos as intervenções e atividades (BULECHEK et al. 2010) sugeridas que possibilitam a minimização dos riscos para o paciente vítima de trauma. Dessa maneira, para o diagnóstico Risco de quedas, Risco de infecção e Risco de trauma (NANDA, 2010) sugerimos as seguintes intervenções (BULECHEK; BUTCHER; DOCHTERMAN, 2010). Acompanhe na animação. Siga em frente!