Módulo 8: Linha de Cuidado Nas Urgências/Emergências Traumatológicas
Unidade 7: O idoso vítima de trauma

O idoso vítima de trauma

Recomendações para a linha de cuidado no trauma incluindo o cuidado ao idoso

A queda é o mais sério e frequente acidente doméstico que ocorre com os idosos e a principal etiologia de morte acidental em pessoas acima de 65 anos (FULLER , 2000 ). Devemos concordar com Campos et al. (2007) quando este alerta sobre a necessidade de formação de profissionais de saúde para avaliar o idoso na sua capacidade funcional, atender suas necessidades e elaborar planos que visem minimizar as incapacidades.

Palavra do Profissional
Linha de Cuidado é a imagem pensada para expressar os fluxos assistenciais seguros e garantidos ao usuário, a fim de atender as suas necessidades de saúde. É como se ela desenhasse o itinerário que o usuário faz por dentro de uma rede de saúde, incluindo os segmentos não necessariamente inseridos no sistema de saúde, mas que participam de alguma forma da rede, tal como entidades comunitárias e de assistência social.

Nesta perspectiva, se faz necessário pensar que assistir a um idoso vítima de trauma é, acima de tudo, compreender o quanto essa situação comprometerá sua independência e autonomia, e em que medida os profissionais dos diferentes serviços de saúde precisarão estar integrados para garantir a longitudinalidade da assistência. A seguir, confira algumas imagens que demonstram algumas destas complicações apontadas. Acompanhe na animação:

Saiba Mais
Confira o Caderno do MS: METAS E INDICADORES PARA COMPOSIÇÃO DA PARTE II DO CONTRATO ORGANIZATIVO DE AÇÃO PÚBLICA. Neste documento, encontra-se, na página 43, uma tabela evidenciando a Taxa de internação hospitalar em pessoas idosas por fratura de fêmur, por ano, segundo região e unidade federada. Para conhecer este material instrutivo em sua íntegra, visite o Portal da Saúde.

Clique aqui e confira.

Cabe destacar que muitas medidas para prevenção das quedas e fraturas têm sido desenvolvidas exitosamente em todo o país. Há muito tempo o envelhecimento ativo tem desafiado os profissionais de saúde, esse termo foi adotado pela Organização Mundial de Saúde no final dos anos 90, objetivando transmitir uma mensagem mais abrangente do que “envelhecimento saudável” e reconhecer, além dos cuidados com a saúde, outros fatores que afetam o modo como os indivíduos e as populações envelhecem.

Saiba Mais
Para conhecer mais sobre as propostas exitosas desenvolvidas no país, consulte a publicação indicada. Conheça também, no Portal da SES/SP, a proposta da Secretaria de Estado da Saúde São Paulo para a Vigilância e Prevenção de Quedas em Pessoas Idosas.
Clique aqui e confira.

O processo de envelhecimento é um fenômeno relativamente novo no Brasil e a sociedade ainda age com preconceitos e discriminações com a pessoa idosa, pois grande parcela da população tem uma imagem negativa sobre o envelhecimento, associando essa etapa da vida com a de decadência física, doença, lentidão, perda cognitiva e invalidez.

Neste espaço, tivemos a intenção de informar à você as principais discussões empreendidas na literatura sobre o trauma no idoso e destacamos abaixo referencias que poderão ser utilizados para aprofundar sua busca no que se refere ao cuidado aos pacientes idoso que são vítimas de trauma. Lembre-se também que as quedas são as principais causas de trauma em idosos, e que estão relacionadas a importantes desfechos clínicos como fragilidades, morte prematura, perda de autonomia e independência, levando muitos desses idosos a institucionalização.

Bons estudos e até a próxima!

Palavra do Profissional
A documentação do cuidado prestado à vítima de trauma no ambiente pré-hospitalar ou intra-hospitalar é muito importante. Para verificar a efetividade e a eficácia do atendimento de vítima traumatizada, é preciso padronizar uma ficha de registro que traga elementos significativos a serem considerados durante a assistência prestada (coleta de dados, diagnóstico, intervenção, implantação e avaliação) à vítima traumatizada. Tais registros podem permitir a comparação de resultados, a análise de cada passo da assistência prestada e, por fim, o avanço na prática científica de enfermagem nessa temática. Importantes variáveis devem ser analisadas para cada passo do registro a ser feito. Essas variáveis devem ser vistas como ponto de apoio, conforme diretrizes já acordadas do atendimento à vítima de trauma.

Para finalizar, recomendamos que pense sobre o registro de enfermagem no atendimento inicial à vítima de trauma, procure ler sobre registros de enfermagem e leia também o artigo de Cyrillo, Dalri e Cristina (2005), para orientá-lo na construção de documentos de anotações de sua prática. Procure ler também sobre as mais atuais Resoluções do COFEN – a RESOLUÇÃO COFEN Nº 375/2011, que dispõe sobre a presença do Enfermeiro no Atendimento Pré-Hospitalar e Inter-Hospitalar, em situações de risco conhecido ou desconhecido, em que se destaca no seu Art 2º - “O Enfermeiro deverá desenvolver a Sistematização da Assistência de Enfermagem como forma de registro e anotações pertinentes à profissão e aos respectivos profissionais de Enfermagem” e no Art. 3º - “A Assistência de Enfermagem Pré-Hospitalar tem que estar alicerçada em Protocolos Técnicos específicos, devidamente assinados pelo Diretor Técnico e pelo Enfermeiro Responsável Técnico de Enfermagem da Instituição ou Empresa”. Bons estudos e até a próxima!