A primeira ferramenta tecnológica do NASF é o Projeto de Saúde no Território (PST). Abordamos essa ferramenta primeiro não por ser a mais importante, mas por ser aquela que inicia o processo de implantação do NASF na Atenção Básica de um município.
O PST é uma estratégia das equipes de referência (Equipe de Saúde da Família) e de apoio (NASF) que visa desenvolver ações na produção da saúde no território articulando os serviços de saúde com outros serviços e políticas no território. Através do diagnóstico inicial das condições de saúde da comunidade, há um investimento na qualidade de vida e na autonomia de sujeitos e comunidades em seu território
Além disso, o PST auxilia no fortalecimento da integralidade – na medida em que trabalha com ações vinculadas à clínica, à vigilância em saúde e à promoção da saúde –, funcionando como catalisador de ações locais para a redução de vulnerabilidades, instaurando processos de cooperação entre os diferentes atores envolvidos e estabelecendo redes de cogestão e corresponsabilidade no território.
A partir daí, e com a inserção do NASF na Atenção Básica, o plano de ação estabelecido é implantado.
Periodicamente, o grupo responsável pela gestão do PST, ou seja, os profissionais da ESF e do NASF e os representantes dos usuários, além dos parceiros de outros setores, deve se reunir para realizar a avaliação e a reflexão sobre os resultados, corrigindo eventuais distorções, mantendo ações ou modificando o curso do PST, cuja principal finalidade é a produção de saúde integral à comunidade, que se refletirá no perfil de morbimortalidade.
Quadro - Componentes do Projeto de Saúde no Território Fonte: BRASIL, 2010, p.31.
Lacerda e Moretti-Pires