Módulo 2: Política de Redes de Atenção à Saúde
Unidade 2: Educação Permanente em Saúde

Educação Permanente em Saúde

Educação Permanente em Saúde

Para tanto, tem como elementos centrais: (1) o trabalho e o crescimento de clientela; (2) o acolhimento; (3) a visita domiciliar; (4) a integralidade das práticas; (5) a equipe multiprofissional. Todos esses elementos objetivam impactos sobre os determinantes do processo saúde-doença, através da ação multiprofissional e interdisciplinar no cotidiano das unidades de saúde (ARAÚJO; ROCHA, 2007*).

*ARAÚJO, M.B.S.; ROCHA, P.M. Trabalho em equipe: um desafio para a consolidação da estratégia de saúde da família. Cienc. Saude Colet., v.12, n.2, p.455-64, 2007.

Aqui veremos que a importância do trabalho em equipe repousa, principalmente, na teoria de que a ação para a integralidade nos cuidados de saúde necessita do olhar multiprofissional, para possibilitar apreensão ampliada das necessidades de saúde da população adscrita. Para tanto, tem como elementos centrais: (1) o trabalho e o crescimento de clientela; (2) o acolhimento; (3) a visita domiciliar; (4) a integralidade das práticas; (5) a equipe multiprofissional. Todos esses elementos objetivam impactos sobre os determinantes do processo saúde-doença, através da ação multiprofissional e interdisciplinar no cotidiano das unidades de saúde (ARAÚJO; ROCHA, 2007*).

*ARAÚJO, M.B.S.; ROCHA, P.M. Trabalho em equipe: um desafio para a consolidação da estratégia de saúde da família. Cienc. Saude Colet., v.12, n.2, p.455-64, 2007.

Sendo assim, a Educação Permanente em Saúde (EPS), enquanto espaço formativo das equipes multiprofissionais, não pode ser aquela que Freire nomeia como “bancária”. Ela precisa partir do pressuposto da aprendizagem com significados, promovendo e produzindo sentidos para todos os seus protagonistas. Nessa perspectiva, a EPS capaz de transformar as práticas profissionais deve ser produzida com base na reflexão crítica sobre as práticas reais dos profissionais dos serviços de saúde, ou seja, a EPS consiste em aprendizagens no trabalho, incorporando o saber e o ensinar ao cotidiano das equipes.

Neste item vamos conhecer a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (Portaria GM/MS n. 1996, DOU 27.08.2007), examinando suas interfaces com o trabalho em equipe e conhecendo sua organização por meio das Comissões Permanentes de Integração Ensino/Serviço (CIES), visando qualificar o processo de trabalho em saúde.

Saiba Mais
Conheça mais sobre a Política Nacional de Educação Permanente no Portal da Saúde, para acessar clique no link: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Portaria_1996-de_20_de_agosto-de-2007.pdf. Acesso em: 28 jun.2012.

A EPS, na atual perspectiva, pressupõe que as demandas de capacitação sejam identificadas de acordo com as necessidades de cada serviço, garantindo a aplicabilidade e relevância dos conhecimentos apreendidos nos espaços de intervenção de cada equipe. Essa lógica propõe que a EPS se desenvolva em um marco processual descentralizado, ascendente e transdisciplinar, que propicie a democratização institucional e o desenvolvimento das capacidades de aprendizagem de cada profissional envolvido, potencializando, assim, o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento crítico e criativo das situações de saúde do território, com a melhora da qualidade do cuidado à saúde através do trabalho em equipes multiprofissionais.

Desse modo, pode-se afirmar que o objetivo da EPS é construir práticas profissionais técnicas críticas, éticas e humanísticas capazes de transformar o trabalho em saúde, envolvendo mudanças nas relações interpessoais (entre os profissionais das equipes, entre os profissionais e os usuários dos serviços, entre os profissionais e os gestores...), nos processos de trabalho desenvolvidos no cotidiano, nos modos de produção dos atos de saúde e, principalmente, nas pessoas envolvidas nos processos educativos.