Essa perspectiva prima pela interdisciplinaridade e pela construção de projetos coletivos (FILHO; VIEIRA; GARCIA, 2005*; KILSZTAJN, 2001**).
*FILHO, A.A.; VIEIRA, A.L.S.; GARCIA, A.C.P. Oferta das graduações em Medicina e em Enfermagem no Brasil. Rio de Janeiro, Rev. Brás. Educ. méd., v. 30, n. 3, set./dez. 2005.
** KILSZTAJN, S. Óbitos por agressão/Sistema de informações sobre mortalidade: Brasilândia, Cidade Tiradentes e Jardim Ângela. São Paulo: PMSP/Sehab, 2001.
O trabalho em equipe multiprofissional insere-se no contexto da organização do trabalho proposta por Dejours (1987): o sucesso desse trabalho dependerá dentre muitos outros aspectos do sistema hierárquico, das modalidades de comando e controle, das relações de poder e das questões de responsabilidade.
*DEJOURS, C. A Loucura do Trabalho: Estudo de Psicopatologia do Trabalho. São Paulo: Cortez.1987.
Para que seja alcançado o objetivo idealizado pelas RAS é necessário que haja a construção de um projeto comum, e para tal, os trabalhos especializados de cada profissional se complementam, construindo uma ação de interação entre trabalhadores/trabalhadores, e entre estes e os usuários.
No entanto, para que isso ocorra, é necessário um processo de formação e educação permanente de todos os profissionais envolvidos. A carência de profissionais, em termos qualitativos e quantitativos, para responder ao desafio de estabelecer um plano de ação multiprofissional interdisciplinar, compromete a possibilidade do trabalho na perspectiva de equipe-integração levando a constituição da equipe-aglomerado (PEDUZZI, 2001*).
* PEDUZZI, M. Equipe multiprofissional de Saúde: conceito e tipologia. Revista de Saúde Pública, v. 35, n. 1, p. 103-109, 2001.
O diferencial desta perspectiva educativa reside na possibilidade de que os processos de capacitação dos trabalhadores da saúde tomem como referência as necessidades de saúde das pessoas e das populações atendidas, sem restringirem-se ao cuidado profissional. Mas incorporando às discussões e aprendizagens a gestação setorial dos serviços e o controle social em saúde, tendo como objetivo a transformação das práticas profissionais e da organização dos processos de trabalho, com base na problematização do trabalho vivo e não apenas na atualização técnico-científica (BRASIL, 2007).
Siga em frente e aprenda mais sobre a formação dos profissionais de saúde. Vamos Lá!
*BRASIL. Gabinete Ministerial. Ministério da Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Portaria GM/MS n. 1996, DOU 27.08.2007.