O processo de viver com a doença crônica é marcado por situações favoráveis e adversas, e encontrar maneiras saudáveis de enfrentamento é um desafio para as pessoas que vivenciam essas experiências e para os profissionais que as assistem.
A doença crônica impõe modificações no cotidiano dos pacientes e o sentimento de ambiguidade que envolve aceitação e transgressão ao tratamento, necessário para o controle da doença, é uma realidade (TRENTINI et al, 2005; FARIA; BELLATO, 2009)*.
* TRENTINI, M. et al. Enfrentamento de situações adversas e favoráveis por pessoas idosas em condições crônicas de saúde. Rev Latino-am. Enfermagem, v. 13, n. 1, p. 38-45, jan./fev., 2005. Online: Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v13n1/v13n1a07.pdf. Acesso em: 29 jun. 2012.
A pessoa com uma condição crônica se vê diante de um fato novo que veio modificar a sua vida para pior e, por isso, é comum negá-lo, dando-lhe a devida atenção somente nos momentos de crise. Para entender melhor, acompanhe a animação a seguir.
O principal aspecto que influencia na avaliação dos cuidados e do tratamento é o alívio dos sintomas, o que proporciona ao paciente melhor qualidade de vida fazendo-o sentir-se melhor.
![]() |
Palavra do Profissional |
* SILVA, D. M. G. V. et al. O itinerário terapêutico de pessoas com doença respiratória crônica. Texto Contexto Enferm., v. 13, n. 1, p. 50-56, jan./mar. 2004. Online: Disponível em: http://redalyc.uaemex.mx/pdf/714/71413108.pdf. Acesso em: 29 jun. 2012.
Por outro lado, as "restrições" ou "limitações" colocadas pela doença são, por vezes, sentidas pela pessoa como ordens a serem cumpridas, assim, o estilo de vida passa a ser um "dever" que não tem significados concretos na experiência do adoecimento (FARIA; BELLATO, 2009).
No caso específico das restrições alimentares, estas são vistas como punição. Nas formas prescritivas dadas pelos profissionais, a mudança de hábitos alimentares parece não ser uma negociação entre profissional e cliente, mas é entendida como imposição. Se a restrição alimentar fosse compreendida pela pessoa como fundamental para a promoção e manutenção da sua qualidade de vida, talvez fosse vista de forma menos penosa (FARIA; BELLATO, 2009)*.
* FARIA, A. P. S.; BELLATO, R. A vida cotidiana de quem vivencia a condição crônica do diabete mellitus. Rev. Esc. Enferm. USP, v. 43, n. 4, p. 752-759, 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v43n4/a03v43n4.pdf. Acesso em: 29 jun. 2012.
Na sequência você conhecerá mais detalhes do viver em uma Condição Crônica. Vá em frente!