É comum que os profissionais de saúde atribuam a "culpa" da não adesão ao tratamento ao paciente, no entanto, a não adesão pode ser resultado de uma falha do sistema de saúde que prioriza a sua ação no controle dos parâmetros clínicos sem levar em consideração as outras dimensões do cuidado. (OMS, 2003)*.
* OMS. Organização Mundial de Saúde. Cuidados inovadores para condições crônicas: componentes estruturais de ação: relatório mundial. Organização Mundial da Saúde – Brasília, 2003.
Observe que a influência do sistema de saúde e da equipe na adesão ao tratamento é aspecto a ser considerado no tratamento de pessoas com uma condição crônica. Uma boa relação entre os profissionais e os pacientes é o início para essa adesão.
O atendimento diferenciado por parte da equipe de saúde, composta por enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais, é fundamental para o bom tratamento de uma doença crônica. Por isso, o Sistema Único de Saúde (SUS) fundamenta-se em equipes multiprofissionais (GUSMÃO et al., 2009)*.
Alguns aspectos inerentes ao sistema de saúde e à instituição podem impactar de forma negativa na adesão ao tratamento (GUSMÃO et al., 2009)*.
* GUSMÃO, J. L. et al. Adesão ao tratamento em hipertensão arterial sistólica isolada. Rev. Bras. Hipertens., v. 16, n. 1, p. 38-43, 2009. Online: Disponível em: http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/16-1/11-adesao.pdf. Acesso em: 29 jun. 2012.
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Lembre-se que outra questão a ser considerada na condição crônica é a constante busca pela cura, objetivo último de quem adoece. Esse fato representa um obstáculo ao desenvolvimento de estratégias de cuidado à doença crônica, bem como, à adesão ao tratamento.