Os conceitos de saúde-doença, normal e patológico vêm sofrendo muitas mudanças ao longo dos últimos anos. Estes conceitos estão sendo questionados enquanto instrumentos para a compreensão dos fenômenos do sofrimento humano e da capacidade de expressarem a realidade dos problemas vivenciados, pois de acordo com a visão que temos de uma situação será a forma como responderemos a ela.
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É o modelo das ciências naturais que fundamenta os principais manuais de diagnósticos e de classificação das doenças mentais, essas classificações de base positivista têm inspiração na proposta de sistematização do saber psiquiátrico elaborado por Emil Kraepelin, aluno da escola organicista alemã. Conforme Coelho (2009), no campo da produção sociológica e da antropologia há críticas a essa tentativa de categorização dos sujeitos. Os teóricos do rótulo, como Goffman (1975), Becker, (1963) e Scheff (1966),
[...] são autores de referência, que problematizaram os efeitos do estigma no tratamento social das pessoas consideradas como doentes mentais, apontando para a importância dos papéis sociais instituídos a partir da classificação dos indivíduos (Coelho 2009, p. 568).(Classificação Internacional de doenças (CID 10) e Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM IV), em português, Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais).