Há hoje produções científicas no campo da Saúde Coletiva, da Saúde mental e da Atenção psicossocial que estão construindo e sustentando outro modelo de gestão e de cuidado, como é o caso das obras de Campos, Furtado, Passos e Benevides (2008); Leal e Delgado (2007); Benevides e Passos (2000); e Leal (1997).
As práticas instituídas nas Redes de Atenção Psicossocial, no Brasil, têm desenvolvido formas de cuidar e promover os laços sociais para as pessoas com sofrimento psíquico a partir dos serviços comunitários e abertos que vão desde a atenção primária em saúde e saúde mental até a oferta de uma rede complexa de atenção, passando pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), pelos Hospitais Gerais e por uma gama de serviços e ações de inserção social.
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“Atenção psicossocial é o estatuto de designação das práticas em saúde mental coletiva que se inscrevem como transição paradigmática da Psiquiatria, conservando para o termo a função de designar práticas reformadoras em sentido amplo” (COSTA-ROSA; YASUI; LUZIO, 2003, p.19).
De acordo com Oliveira e Marcon (2006), a assistência de enfermagem em Atenção psicossocial requer métodos e sistematização baseados no Paradigma Psicossocial que incluam a avaliação física e mental, socialmente referenciada, e que dialoguem com outros saberes e fazeres (interdisciplinaridade). Deve amparar seu trabalho em equipe e participação na elaboração e avaliação de projetos terapêuticos dos sujeitos envolvidos.
O cuidado, como resultado do trabalho de enfermagem na atenção psicossocial, não pode negligenciar o corpo e, nesse sentido, o cuidado de enfermagem é característico como o de todos os serviços de saúde. O cuidado de enfermagem na atenção psicossocial envolve a implicação subjetiva e sociocultural do enfermeiro, a atitude permanente de pesquisa e atualização, a ampliação de espaços de participação e um investimento no processo de autoconhecimento.
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