A vulnerabilidade expressa os potenciais de adoecimento/não adoecimento relacionados a todo e a cada indivíduo que vive em certo conjunto de condições (AYRES, 1997; TAKAHASHI, 2006)*.
Diferentemente a identificação do risco busca a universalidade, não a reprodutibilidade ampliada de sua fenomenologia e inferência (AYRES, 1997; TAKAHASHI, 2006)*.
Considera-se que enquanto o risco indica probabilidades, a vulnerabilidade é um indicador da iniquidade e da desigualdade social. A vulnerabilidade antecede ao risco e determina os diferentes riscos de se infectar, adoecer e morrer. Ambos, risco e vulnerabilidade, são importantes na interpretação do processo saúde-doença (AYRES, 1997)*.
O conceito de risco e de fator de risco, bem como os estudos que abordam tal temática não contemplam a discussão de muitas questões relacionadas ao processo de saúde-doença e sociedade. Assim, visando buscar outros aspectos presentes no processo do viver humano, o termo vulnerabilidade passou a ser utilizado no campo da saúde pública, ampliando a dimensão biológica e incorporando outros elementos (PORTO, 2007)*.
Ainda refere-se que a vulnerabilidade diferencia-se do risco por expressar o potencial de adoecimento/não relacionado a todo e qualquer indivíduo que viva sob determinado conjunto de condições, enquanto o risco tenta expressar as chances matemáticas de adoecimento de um indivíduo quando portador de características específicas (AYRES et al., 2006; AYRES et al., 2003)*.
Assim, a avaliação dos componentes da vulnerabilidade pode ser utilizada como referência para interpretar qualquer agravo. Com base nessa abordagem, amplia-se o campo de atuação dos programas de saúde e torna-se possível a formulação de políticas que tenham como ponto de referência as necessidades da coletividade (MUÑOZ SÁNCHEZ; BERTOLOZZI, 2007)*.
Em busca da promoção da saúde e prevenção das doenças, a Enfermagem tem atuado de modo intenso com a população, desempenhando seu papel de educação em saúde nos diferentes níveis de atenção. Sua atuação profissional objetiva orientar e estimular a participação dos sujeitos em ações que promovam melhores condições de vida e saúde. Neste contexto, uma das estratégias adotadas é a avaliação dos riscos e das vulnerabilidades a que determinado sujeito ou população estão expostos (BARRA et al., 2010)*.
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