Módulo 6: Politica de redes de atenção à saúde
Unidade 2: Promoção da saúde nos diferentes níveis de atenção

Conceito e abrangência da promoção da saúde
Conferencias e Declarações
A Política de Promoção da Saúde / Evolução no Brasil
Determinantes sociais de saúde
Conceito de risco e Vulnerabilidade
Risco, vulnerabilidade e doença crônica não transmissível
O desafio da promoção da saúde em condições crônicas

Risco, vulnerabilidade e doença crônica não transmissível

As principais causas dessas doenças incluem fatores de risco modificáveis, como:

  • tabagismo;
  • consumo nocivo de bebida alcoólica;
  • inatividade física; e
  • alimentação inadequada.
Acompanhe a explicação.

No Brasil, as DCNT constituem o problema de saúde de maior magnitude e correspondem a 72% das causas de mortes. Em 2007, a taxa de mortalidade foi de 540 óbitos por 100 mil habitantes (BRASIL, 2011)*.

A etiologia múltipla das DCNT não permite que elas possuam causas claramente definidas. No entanto, as investigações biomédicas tornaram possível identificar diversos fatores de risco. Dessa forma, os fatores de risco das DCNT podem ser classificados, de acordo com BRASIL (2008), como:

  • não modificáveis (sexo, idade e herança genética); e
  • comportamentais (tabagismo, alimentação, inatividade física, consumo de álcool e outras drogas e atitudes violentas na mediação de conflitos).

Os principais fatores de risco no Brasil para DCNT, de acordo com BRASIL (2011), são:

  • os níveis baixos de atividade física;
  • o baixo consumo de frutas e hortaliças;
  • o consumo de alimentos com elevado teor de gordura; e
  • o consumo elevado de refrigerantes (BRASIL, 2011)*.

    Os fatores de risco comportamentais são potencializados pelos fatores condicionantes socioeconômicos, culturais e ambientais. Considerando-se o cenário contemporâneo, no qual a competitividade e o individualismo são privilegiados como modos de existir e de se relacionar, são reduzidas as ações de fatores protetores, tais como: o acesso ampliado a alimentos in natura e de melhor qualidade nutricional, a existência de redes de suporte social e de espaços públicos seguros e facilitadores de interação social por meio de práticas esportivas e culturais, bem como o desenvolvimento de ferramentas não violentas para a mediação de conflitos, entre outros (BRASIL, 2008)*.

    Lembre-se que as DCNT não se definem pela sua aparente ou real gravidade, mas sim por não terem cura ou serem de duração muito prolongada. Elas abrangem nomeadamente doenças que conduzem, num prazo mais longo ou mais curto, à morte. Adaptar-se às características da DCNT constitui um processo extremamente complexo, com inúmeras implicações e repercussões de variadas ordens (RUDNICKI, 2007)*.

    Saiba Mais
    Para saber mais sobre as DCNT, também indicamos a referência:

    RUDNICKI, T. Preditores de qualidade de vida em pacientes renais crônicos. Estud. psicol., Campinas, v. 24, n. 3, set. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-166X2007000300006&lng=en&nrm=iso . Acesso em: 23 maio 2012.