Módulo 6: Saúde materna, neonatal e do lactente - Enfermagem na atenção à saúde materno-fetal: pré-natal
Unidade 2: Gravidez: Diagnóstico e Evolução

Diagnóstico de gravidez
Fisiologia da gravidez
Desenvolvimento do bebê

Diagnóstico Clínico

Após a 20a semana, na região do pescoço nota-se uma hipertrofia fisiológica da glândula tireoide com retorno ao estado normal nas primeiras semanas do puerpério. Além do aumento do volume e da sensibilidade dolorosa das glândulas mamárias, outras modificações também podem ser notadas, como quando surgem os tubérculos de Montgomery, que ocorrem quando minúsculos ácinos glandulares sebáceos denominados tubérculos de Montgomery aumentam, agrupando-se ao redor da aréola primitiva.

Figura 2.1: Tubérculos de Montgomery

Fonte: Imagens da internet- pontos proeminentes ao redor do mamilo denominados tubérculos
de Montgomery . Disponível em: http://www.aorana.com/info/tag/tuberculos-de-montgomery/.

O aumento da vascularização do tecido subcutâneo da mama nos possibilita a visibilidade dos vasos venosos que se mostram entrelaçados em forma de malha denominada Rede de Haller e o aparecimento da aréola secundária sinal de Hunter. No segundo mês de gestação, em algumas mulheres, podemos visualizar colostro à expressão.

O útero no estado pré-gravídico não é palpável, pois tem localização intrapélvica. A partir de 12 semanas de gestação, o útero tem aproximadamente 15 cm palpável na borda superior da sínfise púbica. Devido a este aumento uterino, a depender da posição da mulher o formato abdominal muda.

Figura 2.2: Altura do útero

 

A hiperpigmentação também pode ser notada em algumas mulheres. Quando aparece no rosto é denominada cloasma gravídico, no centro do abdômen linha nigra e ao redor da aréola mamária aréola secundária ou sinal de Hunter.

O aumento da vascularização também acomete a região genital (sinais de probabilidade). A mucosa vestibular torna-se arroxeada a que se dá o nome de sinal de Jacquemier ou de Chadwick; percebe-se também a coloração arroxeada/vinhosa na mucosa vaginal denominada sinal de Kluge. Alguns autores denominam os dois sinais como único nomeando como sinal de Jacquemier-Kluge (PEIXOTO et. al, 2004).

Em relação à palpação, aproximadamente na 18ª semana gestacional podemos constatar movimentação fetal e, a partir da 20ª semana, é possível apalpar segmentos fetais.

O toque vaginal também faz parte do exame clínico da gestante. Pelo toque vaginal podemos perceber alterações uterinas como: consistência, forma, dispensabilidade e elasticidade. O colo uterino mostra alterações de consistência, comprimento, dilatação e direção.