Módulo 6: Saúde materna, neonatal e do lactente - Enfermagem na atenção à saúde materno-fetal: pré-natal
Unidade 2: Gravidez: Diagnóstico e Evolução

Diagnóstico de gravidez
Fisiologia da gravidez
Desenvolvimento do bebê

Desenvolvimento do bebê

Entre a vigésima e a vigésima quarta semana os alvéolos já estarão formados, e também nessa fase há o início da produção de surfactante que vai impedir que os alvéolos colabem quando começar a respirar. O peso triplica e o crescimento dobra no último semestre de gestação (NEEDLMAN, 2002).

Com doze semanas, segundo Wilheim (2006), o feto pode rolar de um lado ao outro, estendendo e flexionando as costas e o pescoço; agita os bracinhos e dá chutes. Esta coordenação revela um tipo de inteligência direcional. Na décima quarta, ele engole, chupa e respira. É capaz de movimentar os braços juntamente com as pernas. Começa a apresentar expressões faciais de agrado ou desagrado. No ultrassom, é possível vê-lo treinando chupar seu dedinho. Na décima quinta semana, todos os movimentos de um bebê a termo estão presentes. O feto reage ao escutar a voz ou barulho. Logo, em torno de 16 semanas, a mãe vai perceber os seus movimentos e vai começar a interagir de fato com o seu filho. Mesmo antes de saber da gravidez, através de sonhos e intuições a mulher de maneira inconsciente já percebia a presença de alguém dento de si, afirma Maldonado (2000).

Palavra do Profissional
O movimento e o comportamento fetal no terceiro trimestre da gravidez dependerão muito de fatores externos que envolvem principalmente a mãe desta criança. Ou seja, os hábitos alimentares, a atividade física, a estimulação da criança, o estresse físico, o uso de medicações, entre outros.

Uma das maiores preocupações no período fetal é relativa aos altos índices de mortalidade e morbidade, devido ao fato de que o crescimento e desenvolvimento pode ser afetado por fatores genéticos, socioeconômicos e ambientais. Cerca de 30% das gestações terminam em abortos espontâneos, principalmente no primeiro trimestre, devido a anormalidades cromossômicas (NEEDLMAN, 2002).

Além disso, ainda há os agentes infecciosos, como a toxoplasmose, sífilis, rubéola; agentes químicos, como: mercúrio, anticonvulsivantes, etanol, drogas; entre outros que podem atingir estes bebês (STOLL; KLIEGMAN, 2002). Os efeitos teratogênicos incluem não só malformações físicas, mas também diminuição do crescimento e déficits cognitivos ou comportamentais (NEEDLMAN, 2002; STOLL; KLIEGMAN, 2002).

Vamos conhecer mais detalhes do desenvolvimento do bebê? Confira.

As evidências apontam que a comunicação entre pais e bebês intraútero fortalece o vínculo entre eles e é a base do seu relacionamento depois do parto e nos anos vindouros. Confira na próxima página os quadros que descrevem o comportamento e os principais eventos que ocorrem no desenvolvimento do bebê. Vamos lá!