Módulo 7: Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM)
Unidade 6:Complicações agudas e crônicas da HAS e DM. Autocuidado incluindo automonitorização dos parâmetros clínicos e terapêuticos

Complicações agudas da HAS 1/2p. consta Urgência hipertensiva X Emergência hipertensiva (4p)
Complicações agudas do DM
Complicações crônicas do DM 1p. consta neuropatia, nefropatia e retinopatia 2p.1/2
Autocuidado incluindo a automonitorização dos parâmetros clínicos e terapêuticos no controle da HAS e DM 1p Consta ações de auto cuidado 1 1/2- Autocuidado com os pés 1p.- Automonitorização da pressão1p 1/2

Complicações agudas da HAS 1/2p. consta Urgência hipertensiva X Emergência hipertensiva (4p)

Veja mais sobre urgência e emergência hipertensiva! Acompanhe a explicação a seguir:

Diante do exposto, está mais clara para você a diferença entre urgência e emergência hipertensiva? Qual a principal característica diferenciadora das duas manifestações clínicas?

A HAS é um fator para o desenvolvimento da aterosclerose, podendo contribuir para a obstrução das artérias. A pressão das pequenas arteríolas pode levar a alterações funcionais do órgão-alvo. Os pequenos vasos dos rins, dos olhos, do cérebro e do coração são particularmente vulneráveis (VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, 2010).

Ao pensarmos nas complicações crônicas da HAS, citamos como principais as lesões que acometem o sistema cardiovascular, o sistema nervoso central (SNC) e o sistema renal. Veja alguns detalhes clicando na animação a seguir.

Complicações crônicas da HAS

Sistema Cardiovascular
A elevação da pressão induz ao esforço cardíaco, e a principal lesão relacionada ao coração apresenta-se como hipertrofia do ventrículo esquerdo (espessamento da parede e diminuição da cavidade), que é o mais afetado pela resistência à pressão. O bombeamento ineficaz desse ventrículo prejudica o retorno venoso e a perfusão sistêmica, podendo ocasionar edema pulmonar, infarto do miocárdio e hipoxemia periférica.
Sistema Nervoso Central
Na hipertensão grave, o SNC é afetado, pois a pressão sanguínea elevada pressiona o fluxo sanguíneo cerebral. Em geral, à medida que a pressão sanguínea aumenta, as arteríolas cerebrais sofrem vasoconstrição. Durante as crises hipertensivas, com elevações rápidas e graves na pressão intracraniana, o transporte de oxigênio é prejudicado e a função cerebral é reduzida.

A lesão hipertensiva típica é o aneurisma de Charcot-Bouchard, havendo também o aparecimento de lesões de rarefação da substância branca. A trombose e a hemorragia são em geral episódios agudos. Microinfartos assintomáticos ou com quadro clínico de demência discreta podem ocorrer (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO; SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2010).
Sistema Renal
Pressões prolongadas às arteríolas renais causam lesão crônica e inflamação, o que leva à nefrosclerose, que, em suma, é o supercrescimento e enrijecimento dos tecidos conjuntivos dos rins.

A hipertensão é perpetuada à medida que a secreção de renina e aldosterona são estimuladas pela redução do fluxo sanguíneo nos rins. O volume sanguíneo expande, aumentando a pressão arterial.

Fonte: BRAUN; ANDERSON, 2009.

Palavra do Profissional
Cabe aqui ressaltar a você enfermeiro que, ao lidar com um usuário com HAS, você nunca poderá perder de vista as complicações relacionadas ao coração, ao cérebro e ao rim. Lembre-se, agora você já detém o conhecimento que são eles os principais órgãos afetados pelas complicações da HAS! Além disso, você deve reconhecer que é compêtencia do enfermeiro manter a calibração dos equipamentos envolvidos na medida da pressão arterial.

Saiba Mais
Inteire-se sobre o assunto lendo na p.3. do V Diretrizes Brasileiras de Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA V) e III Diretrizes Brasileiras de Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA III).

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