Conforme já mencionado, ressaltamos alternativas criativas que o enfermeiro lança mão para superar as dificuldades encontradas na produção do cuidado relacionadas à produção tecnológica (KOERICH et al,2006).
Nessa perspectiva, várias estratégias podem ser utilizadas para se produzir cuidado e elas vão desde o cuidado individualizado até o cuidado coletivo com grupos de usuários.
Considerando a abordagem individual, a consulta de enfermagem permite acompanhar o estado de saúde, bem como reforçar o processo de ensino-aprendizagem, com foco na mudança de estilo de vida dos pacientes portadores de DCNT. Esta abordagem representa um rico contexto de relacionamento interpessoal entre o profissional e o paciente.
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Note que essa abordagem consiste em um atendimento realizado de maneira sistematizada e sua operacionalização pressupõe a aplicação individual do Processo de Enfermagem (PE). Está lembrado que discutimos a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) nos módulos anteriores? Observe que a consulta de enfermagem permite a aplicabilidade prática da SAE.
Fique atento, a consulta de enfermagem engloba a entrevista para coleta dos dados, o exame físico, o estabelecimento do diagnóstico de enfermagem, a prescrição, a implementação dos cuidados e a orientação das ações relativas aos problemas encontrados.
Em outras palavras, a partir da identificação dos problemas de saúde-doença, são prescritas e implementadas ações de enfermagem que contribuam para a promoção, proteção, recuperação ou reabilitação do paciente.
Por outro lado, a abordagem coletiva, por meio de grupos de usuários, também tem se mostrado eficaz nas intervenções em DCNT. Concomitante ao uso de outras tecnologias, as atividades em grupos de educação em saúde representam um auxílio no controle da doença, trazendo benefícios ao usuário, à família e ao profissional de saúde (SOARES et al, 2010).
Os participantes se beneficiam da interação com outras pessoas que enfrentam os mesmos problemas, cria-se um ambiente de identificação de pares e, além do apoio emocional, os pacientes podem usufruir de ideias e sugestões que podem ser incorporadas no novo estilo de vida (CAZARINI et al, 2002).
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