Módulo 9: Enfermagem na Atenção à Saúde da Mulher e da Criança: O Puerpério e o Acompanhamento do Crescimento e do Desenvolvimento Infantil.
Unidade 4: Aleitamento materno e alimentação complementar saudável

Amamentação
A alimentação complementar saudável
Características da alimentação complementar adequada
Alimentação: Cuidados e manuseio

A alimentação complementar saudável

Vimos na primeira parte deste estudo que a alimentação saudável de uma criança inicia-se com o aleitamento materno, sendo este considerado o melhor começo da vida. Isto porque além de todas as vantagens evidenciadas, o leite materno é capaz de suprir integralmente as necessidades nutricionais da criança nos primeiros seis meses de vida. Entretanto, vimos também que após este período, é recomendada sua complementação com outros alimentos, nutricionalmente adequados e seguros, para satisfazer a evolução de suas necessidades nutricionais.

Diante desta recomendação faz-se necessário buscar respostas às seguintes questões:

Em que consiste a alimentação complementar e os alimentos complementares?
Quais as desvantagens da alimentação complementar precoce ou tardia?
Quais as características da alimentação complementar adequada?
Quais são as recomendações atuais para a alimentação complementar da criança em aleitamento materno?
Acreditamos que o estabelecimento de práticas alimentares saudáveis requer a busca de respostas para estas questões. Assim sendo, abordaremos a seguir estes assuntos.

O que é alimentação complementar e alimento complementar?

A alimentação complementar é definida como: a alimentação (alimentos ou líquidos) fornecida à criança além do leite materno. Estes alimentos ou líquidos são designados de alimentos complementares, já que são adicionais ou complementares à amamentação, mas considerados não apropriados como única fonte de alimentação (WHO/UNICEF, 1998). Estas terminologias são utilizadas para dar ênfase à ideia de que estes alimentos complementam o leite materno, mas não o substituem. Programas nacionais e internacionais direcionados para este tipo de alimentação defendem a continuidade da amamentação (WHO/UNICEF, 1998; BRASIL, 2003a; 2005b).

Vejamos no quadro a seguir os pontos-chave e a importância da continuidade da amamentação após os seis meses de idade da criança: Acompanhe na animação a seguir:

A promoção da alimentação complementar dentro desse contexto foi no Brasil a Estratégia Nacional para Alimentação Complementar Saudável (ENPACS) a CGAN.

Como regra geral, os alimentos complementares podem ser especificamente preparados para a criança (denominados de alimentos transicionais) ou podem ser os alimentos preparados para consumo da família, adaptados para atender às necessidades da criança de acordo com seu estágio de desenvolvimento (sem designação específica).

Em relação à utilização de outros termos referentes à alimentação infantil, Monte e Giugliani (2004, p. 32) advertem sobre a não recomendação da utilização dos termos “alimentos de desmame” e “alimentação suplementar” “[...] como sinônimos de alimentação complementar, pois sua utilização é errônea [...]”, pois podem passar a ideia de que os alimentos são introduzidos em substituição ao leite materno provocando o desmame ao invés de complementar.

Palavra de Profissional
No Brasil, foi criada a Estratégia Nacional para Alimentação Complementar Saudável (ENPACS) que visa fortalecer as ações de apoio e promoção à alimentação complementar no Sistema Único de Saúde – SUS. Ela propõe o incentivo à orientação alimentar para crianças menores de dois anos como atividade de rotina nos serviços de saúde, contribuindo assim para a formação de hábitos alimentares saudáveis desde a infância.

Saiba Mais
Essa estratégia insere-se num dos eixos estratégicos da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) e sustenta-se no Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e na Segurança Alimentar e Nutricional (SAN). Maiores detalhes dessa estratégia você pode obter acessando o site.

Clique aqui e confira.

Dando continuidade ao tema, vamos conhecer na próxima página como e quando a alimentação complementar pode ser iniciada. Acompanhe!