Ao realizar o exame físico, o enfermeiro deve estar atendo às condições da pele (manchas, vesículas, lesões), à presença de sinais meníngeos, ao estado de hidratação, ao padrão respiratório, ao nível de consciência (reatividade, estado de alerta, sonolência, irritabilidade).
Ainda de acordo com Boehs (2005), devemos ter atenção para alguns sinais de alerta:
• Faixa etária de risco: RN e lactente até 3º mês de vida.
• Febre de mais de 39,4 ºC, especialmente se acompanhada de tremores de frio, sugere infecção bacteriana/bacteriemia. Suspeitar também em casos de temperatura abaixo de 36 ºC em criança abatida.
• Estado infeccioso/toxêmico acentuado: má impressão geral, aspecto abatido, inapetência, irritabilidade alternada com sonolência, letargia, apatia, fácies de sofrimento, choro inconsolável ou choramingas, gemência (sinal de alarme) e observe ainda a disposição da criança.
• Duração da febre maior que três dias (mais de 72 horas), contados com a maior precisão possível a partir do momento presumido do início da febre.
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Palavra de Profissional |
No dia a dia, o profissional de enfermagem precisa compartilhar com a família algumas informações que podem ajudá-la no manejo da febre. Essas informações podem ser medidas para diminuir a temperatura além do uso de medicamentos, bem como reconhecer os sinais e os sintomas de agravamento da condição da criança.
É importante orientar a família de que a febre em crianças maiores de 2 meses bem nutridas e sadias deve ser tratada inicialmente através de medidas para diminuir a temperatura, deixando a criança confortável e observando sua resposta ao tratamento. Isso ajuda a família a não sair correndo ao primeiro sinal de elevação da temperatura (BOEHS, 2005).
Agravos Nutricionais
Em relação às doenças carenciais, junto com a desnutrição estão as anemias nutricionais, em especial na realidade brasileira. Diante desse cenário, é importante que o profissional de enfermagem considere em sua avaliação qual tem sido o padrão alimentar da criança e que tipo de alimentos ela tem recebido em quantidade e qualidade (ALONSO; CARTANA, 2005).
Os conteúdos abordados neste estudo oferecem subsídios para o profissional de enfermagem reconhecer e refletir criticamente sobre as avaliações e cuidados imediatos na atenção aos agravos prevalentes na infância. Continue seus estudos!