O consumo de folhas de coca pela população andina retrocede há cinco mil anos aproximadamente. A folha de coca ameniza a fome, o cansaço e o mal-estar da altitude. Foi apenas no século XIX que começou a ser extraída a cocaína, ou eritroxilina, alcaloide oriundo das folhas de coca. Surgiu, então, o interesse pelas propriedades farmacológicas da cocaína, devido a sua ação estimulante do humor e antidepressiva. Utilizada largamente no período do final do século XIX em diversos preparados populares, a cocaína passou a incluir a lista de SPAs sujeitas a proibição na Convenção Internacional do Ópio, em 1912 (CEBRID, 2003).
Apesar de a cocaína incluir a lista das SPAs ilícitas pelas convenções da ONU, na década de 1980 ela emerge como droga das elites, com perfil eminentemente urbano. No final da década de 1980, surge um subproduto da cocaína, o crack, que atingiu um extrato social e uma faixa etária mais baixa (CFM, 2011).
O crack representa um desafio de mobilização de toda a sociedade (sindicatos, conselhos, movimentos sociais, religiosos, estudantis e meio empresarial) para criar uma consciência de responsabilidade compartilhada para o sucesso de ações e estratégias que envolvam a promoção da saúde e a articulação de diversos segmentos da população (BRASIL, 2003; CEBRID, 2003).
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