Saúde e Sociedade

A estratégia saúde da família como opção política e modelo de atenção

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A Estratégia Saúde da Família como Atenção Primária da Saúde Ampliada

Dos tipos de APS discutidos anteriormente (seletiva, clássica e ampliada), poderíamos afirmar que a Atenção Primária da Saúde Ampliada é a opção teórica escolhida pelo Ministério da Saúde. Na busca de uma identidade que caracterizasse uma opção política, e para diferenciar essa opção, o MS assumiu que APS Ampliada será chamada de Atenção Básica de Saúde, a forma estruturante de organização do modelo. Já a Estratégia Saúde da Família é a opção operacional de implantação e consolidação da Atenção Básica de Saúde no Brasil.

Inicialmente chamado Programa Saúde da Família, como já vimos, foi desenhado em 1993, no final da gestão do então ministro da Saúde Henrique Santillo, cuja iniciativa buscava um impacto em sua administração em vias de se encerrar. Como sugestão, recebeu uma proposta de implementação da APS.

Retornando ao foco principal, alguns autores reconhecem que o PSF tinha a intenção de incidir sobre a organização do SUS e a municipalização da integralidade, atendendo, prioritariamente, os 32 milhões de cidadãos identificados no Mapa da Fome do Ipea (ANDRADE; BARRETO; BEZERRA, 2007; SANTANA; CARMAGNANI, 2001). É interessante pensar que essa priorização, de fato, caracterizaria um programa que, por sua vez, esboçava contornos de uma APS Seletiva. Poderia ser diferente? Não sei! Há argumentos para se pensar que o Programa deveria ser iniciado atendendo mais ao princípio da equidade do que ao da universalidade.

Verdi, Da Ros, Cutolo e Souza

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