Epidemiologia

Conceitos da Epidemiologia

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Medidas de Frequência de Doenças

Exemplo 1

Em determinada área de abrangência de uma equipe da Estratégia Saúde da Família, moravam e eram efetivamente acompanhadas, em 2009, um total de 4.622 pessoas adultas (idade entre 20 e 59 anos). Ao verificar os registros de casos de hipertensão arterial sistêmica (HAS) existentes nessa população, a equipe identificou que, no mesmo ano, havia 1.248 hipertensos. Devemos calcular a prevalência ou a incidência? Qual a utilidade dessa informação?

Como se trata de casos existentes, calculamos a prevalência. Nesse exemplo, não se verificou quantos casos novos de HAS surgiram, o que caracterizaria incidência, mas se identificou quantas pessoas estavam com doença em determinado período, ou seja, é uma medida estática (prevalência). E como calculamos a prevalência? É bastante simples. Dividimos o número de pessoas com a doença pelo total da população e multiplicamos por uma constante.

Com esses dados, podemos comparar se a prevalência de hipertensão nessa área (que pode ser um bairro) é parecida com o que se observa nos bairros vizinhos, no restante do município, no estado ou no país. Valores mais elevados exigirão especial atenção da equipe e as ações para o controle da doença no bairro precisarão ser rediscutidas ou, caso não existam, implementadas. Além disso, a medida pode ser utilizada para fazer comparações no tempo, ou seja, verificar se a prevalência está aumentando, diminuindo ou estabilizou ao longo de meses ou anos.

Exemplo 2

No ano de 2007 moravam em Santa Catarina 580.166 idosos (pessoas com 60 anos de idade ou mais). Nessa população foram diagnosticados 160 novos casos de tuberculose no mesmo ano. Já em 2005, a população era de 507.205 idosos e surgiram 157 casos novos da doença (BRASIL, 2009). Qual a medida que deve ser calculada? Quando o risco de ter tuberculose foi maior em Santa Catarina, em 2005 ou em 2007?

Nesse exemplo tratamos de casos novos, assim calculamos a incidência. Não se tratou de quantas pessoas estavam com tuberculose, mas sim de quantas pessoas desenvolveram essa doença nos períodos identificados. Como calculamos a incidência? Também é simples. Basta dividir o número de casos novos surgidos em cada ano pela respectiva população e multiplicar por uma constante.

Saiba mais:

Clique aqui para conhecer mais sobre a aplicação do método epidemiológico, sobretudo no caso de epidemias, sugerimos o filme: E a vida continua. Produção de: Sarah Pillsbury e Midge Sanford. Direção de: Roger Sottiswoode. Intérpretes: Matthew Modine; Phil Collins; Anjelica Huston e outros. Estados Unidos da América, 2003. 1 DVD (141 min). Baseado na obra “And the band played on: politics, people, and the AIDS epidemic” de Randy Shilts.

Boing, d’Orsi e Reibnitz Jr.

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