Processo de Trabalho na Atenção Básica

O processo de trabalho multiprofissional na atenção básica

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A atuação intersetorial em saúde

Alguns elementos são fundamentais para que esse potencial se efetive no setor da saúde. Para tanto, é preciso:

Superação do modelo biomédico

Superar a fragmentação e a compartimentalização do processo de trabalho dentro do setor saúde, centrado no modelo biomédico, e incorporar a cultura de cooperação e de complementaridade dos diferentes saberes.

Adoção da intersetorialidade

Adotar a intersetorialidade como um processo integrado de transformação da assistência, articulado com a população.

Compreensão de Saúde da Família

Entender que Saúde da Família é um projeto novo e que, por essa razão, há dificuldades na formação, na capacitação e na articulação dos sujeitos, além de pouca articulação entre as políticas sociais em prol de um objetivo único.

Trata-se de um processo que está sendo construído e que requer a formação de uma rede de apoio. Nesse sentido, a proposta dos NASFs vai ao encontro desse propósito. Ela intenta dar apoio às práticas na Atenção Básica, utilizando, inclusive, a intersetorialidade, cujo objetivo é a formação de uma rede – conceito que extrapola o âmbito do trabalho em equipe ou setorial – que promova a articulação das pessoas e das instituições que buscam soluções para a superação de problemas sociais.

Como processo articulado e integrado de formulação de políticas públicas, a intersetorialidade pressupõe a integração de estruturas, recursos e processos organizacionais, e caracteriza-se pela corresponsabilidade de diferentes atores sociais e governamentais. A promoção da saúde, atribuição do Sistema Único de Saúde, só poderá ser implementada se entendermos esse setor como estratégico para o desenvolvimento de novas alianças ou parcerias.

Leitura Complementar:

Leia este artigo que trata de uma pesquisa muito interessante e atual relacionada a esse tema que vimos: GIOVANELLA, L. et al. Saúde da Família: limites e possibilidades para uma abordagem integral de atenção primária à saúde no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 14, n. 3, p. 783-794, 2009. Disponível aqui. Acesso em: 10 mar. 2010.

Lacerda e Moretti-Pires

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