Módulo 3: Processo Educativo em Saúde
Unidade 3: Práticas educativas em saúde e a pedagogia crítica

Prática Educativa
Metodologias Ativas no processo de ensinar-aprender em saúde
Buscando caminhos para implementar metodologias ativas na prática educativa em saúde: o Arco de Maguerez
Buscando caminhos para implementar metodologias ativas na prática educativa em saúde: o círculo de cultura de Freire

Buscando caminhos para implementar metodologias ativas na prática educativa em saúde: o Arco de Maguerez

Uma das possibilidades é a utilização da chamada metodologia problematizadora. Esta metodologia surge como uma das possibilidades de contribuir para essa tarefa desafiante, uma vez que se orienta nos princípios da pedagogia crítica, considerando a percepção da realidade e o protagonismo do usuário.

A educação problematizadora parte da ideia de que a aprendizagem só é significativa, quando parte da realidade concreta de vida das pessoas, permitindo-lhes propor e encontrar respostas adequadas e pertinentes aos seus problemas concretos e contextualizados. Isso implica na participação ativa e no diálogo permanente entre os usuários e o enfermeiro-educador.

Uma estratégia possível para a implementação de uma proposta pedagógica problematizadora consiste no Arco da Problematização de Maguerez (Fig. 1), observe a figura a seguir:

Fig 1. Trajetória pedagógica para implementação de uma prática educativa problematizadora

Para representar essa trajetória pedagógica, Bordenave, Pereira (1996) propôs uma representação esquemática de um arco – o Arco da Problematização de Maguerez.

Este arco orienta uma trajetória pedagógica que tem seu ponto de partida na realidade em que se insere o sujeito da aprendizagem – o usuário, que denominamos de Observação da Realidade (1ª. Etapa do arco). Note que, esse momento objetiva reconhecer o contexto pessoal, geográfico, histórico, social e econômico dos envolvidos e, a partir de percepções pessoais, realizar uma leitura sincrética ou ingênua da realidade – o que chamamos de Síncrese.

Separa-se o que é superficial daquilo que é importante, identificando, então, o que se denomina de Pontos-Chave (2ª. Etapa do arco). Ou seja, que questões são fundamentais no contexto de vida e saúde daquele usuário/comunidade, que modificados/adaptados/ressignificados poderão modificar ou contribuir para a melhoria de suas condições de vida e saúde.

Para refletir:
O que modificado, modifica a situação?

Explore isso com os usuários. Para isso, reconheça as suas crenças, os seus valores e as suas práticas. Busque compreender seu ponto de vista, e então, juntos, determinem os pontos-chave que constituirão os “conteúdos” a serem desenvolvidos na prática educativa. Pontos-chave são, portanto, as variáveis mais significativas que determinam a realidade analisada e sua compreensão pode contribuir para a solução do problema evidenciado. Lembre que entendemos que o problema é como uma situação da realidade que precisa ser modificada, situação sobre a qual se deseja agir e conteúdos que se deseja discutir.

Acompanhe a explicação do Enfermeiro sobre a Teorização

Saiba Mais
Para aprofundar seus conhecimentos acerca do uso do CINEdebate recomendamos a leitura:
OLIVEIRA, Maria Liz Cunha de; OLIVEIRA, Selma Regina Nunes; IGUMA, Lilian Tamy. O processo de viver nos filmes: velhice, sexualidade e memória em Copacabana. Texto contexto - enferm., Florianópolis, v. 16, n. 1, mar. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072007000100020&lng=en&nrm=iso . Acesso em: 15 abr. 2012. CINEdebate. Disponível em: http://www.cinedebate.uneb.br . Acesso em: 15 ago. 2012.