O sistema de informação é um instrumento gerencial imprescindível ao enfermeiro, no sentido de permitir fundamentar/aprimorar o processo de tomada de decisões no tocante a organização/acompanhamento/controle e avaliação do sistema local de saúde (LEMOS, CHAVES, AZEVEDO, 2010*).
* LEMOS C.; CHAVES LDP.; AZEVEDO, ALCS. Sistemas de informação hospitalar no âmbito do SUS: revisão integrativa de pesquisas. Rev. Eletr. Enf., v. 12, n. 1, p. 177-85, 2010. Disponível em: http://www.fen.ufg.br/fen_revista/v12/n1/pdf/v12n1a22.pdf
Quando os enfermeiros estão diante de um problema, precisam de um método para resolução do mesmo, de modo que o primeiro passo após a identificação do problema é estabelecer um diagnóstico da situação, que é uma forma de conhecer mais amplamente o que se apresenta.
Para ampliar nosso conhecimento e nossa visão da realidade é preciso consultar o que há de informações disponíveis: nos sistemas de informação em saúde, nos serviços de saúde, na comunidade ou, em alguns casos levantar informações específicas que sejam necessárias em cada caso.
O objetivo do Sistema de Informação em Saúde (SIS) deve ser o de informar ao público, a seus representantes (políticos, funcionários, administradores, gestores e prestadores de serviço) sobre a natureza e amplitude dos problemas de saúde, sobre o impacto de uma ampla gama de influências na saúde individual e coletiva. Bem como apoiar os processos de tomada de decisão e de gestão para a resolução desses problemas.
Para a (OMS, 2001 apud PERES; LEITE, 2005*), o sistema de informação na saúde é impactante na melhoria dos processos gerenciais, na qualidade da assistência e na satisfação dos usuários. Permite ampliar a conectividade em toda rede de atenção, possibilita o desenvolvimento do método de comparação de práticas e de ferramentas que possibilitem reduzir os custos com eficiência e qualidade, estabelece intercâmbio com outras instituições de saúde sejam elas nacionais e/ou internacionais, facilita a educação continuada dos profissionais da saúde, apoia decisões e promove mudanças de padrões e condutas.
* PERES, M. H. C.; LEITE, M. M. J. Sistemas de informação em saúde. In: KURCGANT, P. (coord.). Gerenciamento em enfermagem. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2005.
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O SIS permite articular e viabilizar a gestão dos vários níveis que constituem o SUS, além de ser um fator essencial para o reconhecimento da realidade socioeconômica, demográfica e epidemiológica (PERES, LEITE, 2005*).
A enfermagem exerce um papel fundamental no sistema de informação à saúde, pois além de contribuir significativamente com informações que integram os conhecimentos técnicos de controle de qualidade e de documentação clinica e administrativa dos serviços prestados, também necessita das informações para a tomada de decisões (OMS, 2001 apud PERES; LEITE, 2005*).
* PERES, M. H. C.; LEITE, M. M. J. Sistemas de informação em saúde. In: KURCGANT, P. (coord.). Gerenciamento em enfermagem. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2005.
Podemos classificar os sistemas de informação em saúde conforme sua natureza:
• Sistemas de Informações Estatístico-epidemiológicas;
• Sistemas de Informações Clínicas;
• Sistemas de Informações Administrativas.
Podemos classificar, ainda, segundo a origem de produção, por tipo de instituição de saúde:
• Sistemas de Informações Ambulatoriais;
• Sistemas de Informações Hospitalares;
• Sistemas de Informações de Mortalidade;
• Sistemas de Informações das Ações Programáticas;
• Sistemas de Vigilâncias à Saúde.
No setor público de saúde, reconhece-se a importância de empreender esforços para a obtenção e manutenção de dados e informações de abrangência nacional, que permitam o acompanhamento do SUS em todo o país, possibilitando análises comparativas entre os diversos estados, municípios e regiões, de forma a subsidiar a tomada de decisões em todos os níveis de gestão. A informação é fundamental para a democratização e o aprimoramento do setor saúde.
É necessário também salientar que atualmente já existem sistemas para o desenvolvimento da triagem nas Unidades de Emergência e que estes estão sendo planejados e desenvolvidos associados ao Prontuário Eletrônico do Paciente.
Portanto, o Sistema de Informação é fonte importante que podem fornecer um diagnóstico da saúde em nível local ou nacional, subsidiar o planejamento e a definição de prioridades. No Brasil, embora estes bancos de dados disponibilizem grande número de variáveis referentes às ações da assistência à saúde, ainda não são adequadamente explorados. Há um potencial de uso de dados do SIH-SUS para a análise da organização dos serviços de saúde no tocante a oferta e demanda por serviços, fluxo de pacientes e complexidade de ações.
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