Vejamos o que destacam NIMMO et al., 2009; MARTINS; SCALABRINI NETO; VELASCO, (2005) a respeito de como proceder no caso que expusemos na página anterior:
• Avalie inicialmente o ABCDE (vias aéreas, respiração, circulação, deficiência ou incapacidade neurológica e exposição de ferimentos) e trate adequadamente.
• Corrija a hipoxemia com oxigenoterapia.
• Puncione acesso venoso periférico em veia calibrosa.
• Monitore o ECG continuamente pelo monitor cardíaco.
• Monitore a saturação de oxigênio.
Lembre-se que o tratamento específico depende das mudanças no ECG e da concentração do potássio.
Se o ECG mostra ondas T pontiagudas ou apiculadas ou mudanças mais severas, gluconato de cálcio a 10% ou cloreto de cálcio a 10% em quantidades de 1 ml podem ser administrados cpm, observando-se rigorosamente o ECG . Espera-se que o traçado se normalize quando o cálcio fizer efeito.
Se muito cálcio for administrado poderá resultar em parada cardíaca em assistolia.
A quantidade requerida varia de 2 ou 3mls para 20mls. Isso apenas estabiliza o miocárdio dando tempo para instituir a terapia de redução do potássio. Esta dose pode ser repetida.
Somente o profissional médico pode prescrever e indicar a medicação (drogas) que deve ser administrada.
Na parada cardíaca, segue-se o algoritmo de suporte avançado de vida conforme protocolo revisado pela American Heart Association 2010 e pode ser administrado 10mls de gluconato de Ca a 10%. Por outro lado, a Fibrilação Ventricular poderá ser resistente a desfibrilação se o cálcio não for administrado.
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Em continuidade ao exercício proposto, questionamos: que alternativas podem ser utilizadas para reduzir o potássio?
• Um Bolus IV de Solução de Dextrose 50ml a 50% com 5 a 10 U de Actrapid (insulina solúvel) ou equivalente como por exemplo Humulin S que levam em média 20-30 minutos para fazer efeito. Isso também pode ser seguido de infusão lenta de dextrose de 10 a 20% correndo entre 10ml/h e 50ml/h em bomba de infusão. Estas alternativas exigem monitoramento da glicemia regularmente e infusão de insulina quando necessário.
• Nebulizar com 5mg de salbutamol e repetir quando necessário. Administrar bicarbonato de Na 1,26% IV. Iniciar a 100ml/h dosar os níveis de HCO3 E K+. Isso não deve ser utilizado como rotina. A função renal deve ser avaliada rigorosamente. Por isso monitore o débito urinário e características da diurese.
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Então, diante do exposto, questionamos: qual o melhor método de remoção do potássio?
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Outra alteração importante nas unidades de emergência é a acidose metabólica.
Vamos agora entender um pouco sobre essa situação clínica de Hipocalemia. Acompanhe na página a seguir!