Você pode notar que a possibilidade de medir o risco, de acordo com Sarue et al. (1984), está relacionada com a identificação, com a seleção e análise de fatores de risco, ou seja, características positivamente associadas ao risco ou à probabilidade de desenvolver um dano ao indivíduo ou grupo (WALDMAN, 1998). Na obstetrícia, tais fatores podem estar relacionados à mulher, feto e recém-nascido (ZAMPIERI, 2010a, 2010b). A probabilidade dá-se pela presença de um fator de risco, sua falta, intensidade apresentada ou por sua combinação com outros fatores. (PEREIRA, 1998).
Sendo assim, é possível identificar comportamentos de risco como: o uso de drogas, álcool e fumo; condições médicas, dentre elas, o absenteísmo ao pré-natal, a falta de controle desses, a condição e momento da gravidez e as complicações gravídicas que predispõem, favorecem e/ou indicam o aumento da probabilidade ou risco de doença ou morte (SARUE et al., 1984; SCHROEDER, 1996; BRASIL, 2006a).
A assistência pré-natal pressupõe a identificação de fatores de risco, por meio da anamnese, exames físico, gineco-obstétrico e laboratoriais, realizados nas consultas e nas visitas domiciliares, a avaliação dinâmica das situações para identificar problemas e, se necessário, intervir. Os fatores de risco, ao serem identificados, são sinais de alerta e objeto de vigilância da equipe de saúde. (BRASIL, 2010)
![]() |
Palavra do Profissional |
Os sistemas para avaliar o risco na obstetrícia, direcionados a mulher e ao bebê, foram baseados nas experiências dos seus autores, havendo grandes variações de acordo com sua aplicação a indivíduos ou populações. Assim, a realidade epidemiológica local deverá ser levada em consideração (BRASIL, 2006a).