Módulo 6: Saúde materna, neonatal e do lactente - Enfermagem na atenção à saúde materno-fetal: pré-natal
Unidade 4: Intercorrências da Gravidez

Gestação de Alto risco: Enfoque de risco e vulnerabilidade
Compreensão da vivência da gestação de alto risco para atuar na atenção básica
Atuação do enfermeiro na atenção à gestante
Gestações de alto risco: conceitos, fatores de risco, sinais, repercussões e cuidados

Gestação de Alto risco: Enfoque de risco e vulnerabilidade

Observe que a caracterização de uma situação de risco não implica necessariamente na referência da gestante ao pré-natal de alto risco. Pode significar a necessidade do aumento da frequência das consultas e visitas domiciliares, sendo o intervalo definido de acordo com o fator de risco identificado e a condição da gestante no momento (BRASIL, 2010a).

Uma gestação que está com uma boa evolução, denominada de gestação de baixo risco, pode se transformar em uma de alto risco a qualquer momento na gestação ou no parto. Por outro lado, é possível que uma gestação de alto risco, ao receber um acompanhamento adequado, retorne à condição de baixo risco. Portanto, é imperativo reclassificar o risco a cada consulta pré-natal e durante o trabalho de parto. A intervenção precisa e precoce evita os retardos assistenciais capazes de gerar morbidade grave, morte materna ou perinatal (BRASIL, 2006a; BRASIL, 2010a).

É bom lembrar também que determinados fatores de risco podem estar presentes antes da ocorrência da gravidez. Este fato enfatiza a necessidade da consulta pré-concepcional em mulheres em idade fértil na comunidade, quando procuram os serviços de saúde por outras demandas. Então, confira.

Independente do grau de risco diagnosticado para a gestação, as gestantes devem ser cuidadas por profissionais qualificados, tecnicamente e cientificamente, estes devem possuir capacidade para se relacionar e compreender o outro. (ZAMPIERI, 2010a, 2010b).

Nas situações que envolvam fatores clínicos mais relevantes, risco real e/ou fatores preveníveis que necessitem de intervenções mais complexas, as mulheres devem ser necessariamente encaminhadas para o acompanhamento de alto risco, podendo, após solução das intercorrências diagnosticadas, retornar à atenção básica (BRASIL, 2006a).