Módulo 6: Saúde materna, neonatal e do lactente - Enfermagem na atenção à saúde materno-fetal: pré-natal
Unidade 4: Intercorrências da Gravidez

Gestação de Alto risco: Enfoque de risco e vulnerabilidade
Compreensão da vivência da gestação de alto risco para atuar na atenção básica
Atuação do enfermeiro na atenção à gestante
Gestações de alto risco: conceitos, fatores de risco, sinais, repercussões e cuidados

Doença hipertensiva na gravidez

Os principais sinais e sintomas apresentados são: hipertensão igual ou superior a 140/90 mmHg em pacientes com mais de 20 semanas de gestação e previamente normotensas, baseada na média de pelo menos duas medidas, ácido úrico maior que 6mg/dl; proteinúria (igual ou acima 300mg/dl nas 24 horas) ou 1+ ou mais na fita em duas ocasiões, em uma determinação de amostra única sem evidência de infecção, e edema generalizado (nem sempre presente). Conheça as classificações da doença hipertensiva na gravidez.

Classificações da doença hipertensiva na gravidez

Pré-eclâmpsia leve
Caracterizada por hipertensão e proteinúria. Na ausência de proteinúria, confirma-se o diagnóstico pela presença de cefaleia, distúrbios visuais, dor abdominal, plaquetopenia (menos de 100.000/mm) e aumento de enzimas hepáticas.
Pré-eclâmpsia grave
Caracterizada por PA diastólica igual ou maior que 110mmHg, proteinúria igual/maior que 2,0g em 24 horas, ou 2+ em fita urinária, oligúria (menor que 500ml/dia, ou 25ml/hora), creatinina maior que 1,2mg/dL, sinais de encefalopatia hipertensiva (cefaleia e distúrbios visuais), dor epigástrica ou no hipocôndrio direito, coagulopatia, plaquetopenia (<100.000/mm3), aumento de enzimas hepáticas (AST ou TGO, ALT ou TGP, DHL) e de bilirrubinas.
Eclâmpsia
Caracterizada pela presença de convulsões tonico-clônicas generalizadas ou coma em mulher com qualquer quadro hipertensivo, não causadas por epilepsia ou qualquer outra doença convulsiva. Pode ocorrer na gravidez, no parto e no puerpério imediato.

REPERCUSSÕES: Aumento da prematuridade, do aborto, sofrimento fetal agudo, da morte fetal, da mortalidade perinatal; do parto pré-termo (33%), das malformações fetais, dos oligoâmnios, do retardo de crescimento intrauterino (RCIU), do descolamento da placenta, da insuficiência renal, edema pulmonar, e coagulação intravascular disseminada na gestação.

FATORES DE RISCO: Idade materna menor que 19 anos e maior que 40 anos, pré-eclâmpsia justaposta em gravidez prévia ou de início precoce em gravidez anterior; história familiar de doença hipertensiva e hipertensão crônica, gestação gemelar, primigesta, diabetes, doença renal crônica, incompatibilidade RH, gestação molar, obesidade, nível socioeconômico (nutricional), mudanças climáticas, nível baixo de escolaridade, atividade profissional, primeira gravidez com um novo parceiro, história de pré-eclâmpsia em um parente próximo (mãe ou irmã), ganho excessivo de peso, nuliparidade.

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