Estas definições devem estar claras para o enfermeiro ao decidir pela criação de um grupo no seu serviço. Como geralmente acaba assumindo a coordenação da atividade, é importante salientar o que se espera desse profissional. Nesse sentido, quanto aos atributos desejáveis para um coordenador de grupo, Zimermann e Osório (1997) salientam que além dos conhecimentos necessários, de habilidades e atitudes, são indispensáveis, acompanhe na animação a seguir:
Fique atento, pois, à medida que estas barreiras aparecem, o grupo tem menos oportunidades para compartilhar soluções e decisões, pois a ação é cada vez menor, bem como pela qualidade das inter-relações entre os membros do grupo.
No grupo de Educação em Saúde você pode abordar diversos temas, de acordo com os interesses, as necessidades e a composição do grupo. Para exemplificar, apresentamos os temas indicados por Dias, Silveira e Witt (2009) ao trabalharem com pessoas portadoras de diabetes:
Lembre-se: os temas a serem discutidos no trabalho em grupo devem emergir dos participantes, considerando suas necessidades, interesses e expectativas. Isso garante que a aprendizagem seja significativa.
Diante de todos os tipos de grupos educativos, a dinâmica de Grupos Operativos tem sido uma das técnicas mais utilizadas na área da saúde para promover a aprendizagem. Como técnica de trabalho coletivo, e a existência de um mesmo objetivo, supõem a necessidade de que os membros do grupo realizem um trabalho ou tarefa em comum, a fim de alcançá-la. Essa tarefa consiste em organizar os processos de pensamento, comunicação e ação entre os integrantes. Assim, os profissionais de saúde seriam responsáveis por proporcionar as condições favorecedoras do processo de aquisição de conhecimentos, que contribuiriam para mudanças no controle das doenças crônicas não transmissíveis (DIAS; SILVEIRA; WITT, 2009).
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Ao discutir a ação da Enfermagem no desenvolvimento de atividades em grupos, Teixeira (2007a) salienta que entre as razões que levam os profissionais de enfermagem ao trabalho grupal é a procura de uma alternativa para atender pessoas. Opondo-se principalmente a um cuidado tradicional que privilegia o aspecto curativo e o atendimento das necessidades e/ou circunstâncias de alguns serviços, como ambulatórios e centros de saúde, e não as necessidades dos clientes. Principalmente se considerarmos que o modelo assistencial contemporâneo ainda é primordialmente centrado na atenção à demanda de ações curativas e individuais (RUMOR et al, 2010).
O profissional de saúde enfermeiro pode usar da tecnologia educativa desenvolvida nos grupos para ajudar o paciente a realizar atividades (das mais simples até as mais complexas, das mais rotineiras a reflexão crítica da realidade.) , sendo que esse recurso é muito importante no processo de promover a saúde de pacientes que convivem com as doenças crônicas.
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Saiba Mais |
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Palavra do Profissional |
Neste estudo abordamos a educação em saúde como uma tecnologia de cuidado direcionada à pessoas em condições crônicas e a participação dos grupos como tecnologia educativa para a promoção em saúde.
Enfim, esperamos ter levado você a refletir criticamente sobre a realidade, através das práticas educativas como tecnologia no processo de cuidar, promover a saúde no conviver com as doenças crônicas.