A acupuntura é uma forma de terapia que tem se difundido no mundo inteiro e tem como origem a Medicina Tradicional Chinesa. Você deve ter em mente que a acupuntura objetiva promover a cura/tratamento pela estimulação da força de auto-cura do corpo, bem como estabelecer diagnóstico de doenças.
Segundo Kurebayashi, Freitas e Oguisso (2009, p. 931), “Esse processo se dá pelo realinhamento e redirecionamento da energia, por meio da estimulação de pontos de acupuntura por agulhas finas metálicas, laser, pressão e outras formas de abordagem”. Observe que esta terapia é convergente ao princípio da indissociabilidade do corpo com o ambiente, envolvidos com a mesma energia.
As indicações para a prática da acupuntura são diversificadas, envolvendo:
Há evidências suficientes na literatura da área da saúde sobre a efetividade da acupuntura (MEDEIROS; SAAD, 2009).
O estudo de Cintra, Figueiredo (2010), teve como objetivo analisar as possíveis contribuições da Acupuntura na Atenção Básica de saúde. Os profissionais reconheceram melhora ou resolução de casos de dor, melhora da autoestima e retrocesso de diversas patologias pelo tratamento com acupuntura. Neste sentido, consideram que esses resultados positivos levaram a maior motivação dos usuários para adesão a este tipo de tratamento.
Veja que, neste mesmo estudo, há relatos de uma boa convivência e articulação entre o tratamento com acupuntura e outros tratamentos realizados por outros profissionais (CINTRA; FIGUEIREDO, 2010).
No entanto, cabe ressaltar que, apesar da crescente aceitação da acupuntura na área da saúde, ainda não há unanimidade entre os profissionais, havendo alguns questionamentos quanto a sua validade como prática científica.
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Homeopatia
A prática da homeopatia teve início no Século XIX pelo médico alemão Samuel Hahnemann. A homeopatia consiste no tratamento de doenças e sintomas por meio de substâncias ultradiluídas. Estas substâncias podem ser minerais, vegetais ou substâncias obtidas a partir de organismos vivos (ALMEIDA, 2003).
Note que essa prática vem sendo incorporada às instituições de saúde de nosso país, mesmo com o predomínio de outra racionalidade na área da saúde. Seu reconhecimento pelo Conselho Federal de Medicina, em 1980, contribuiu para isso (SALLES; SCHRAIBER, 2009).
A homeopatia é considerada como uma prática que contribui para a humanização da atenção à saúde, por utilizar visão antropológica e abordagem semiológica holísticas, valorizando assim, os múltiplos aspectos da individualidade humana no processo de adoecimento e na escolha da substância curativa, trabalhando com a concepção positiva de saúde (TEIXEIRA, 2007b; SANTANNA; HENNINGTON; JUNGES, 2008.).
Segundo Teixeira (2007b, p. 548) a concepção da homeopatia entende-se como:
o processo de adoecimento como um enfraquecimento dos mecanismos fisiológicos normais de adaptação e compensação, correlacionando este desequilíbrio orgânico às diversas manifestações sintomáticas do indivíduo (pensamentos, sentimentos, sensações, desejos e aversões, predisposições climáticas, aspectos do sono etc., além dos aspectos clínicos habituais), utilizando esta ‘totalidade de sintomas’ como referencial para diagnosticar o padecimento da força vital (predisposição individual, suscetibilidade mórbida ou desequilíbrio homeostático) e para prescrever, segundo o princípio da similitude, os medicamentos que despertavam um conjunto de sintomas semelhantes nos indivíduos sadios.
O estudo desenvolvido por Salles e Schraiber (2009) com gestores do SUS evidenciou que a aceitação dessa prática relaciona-se à percepção de que há demanda social, de que é um direito dos pacientes escolherem este ou outro tipo de tratamento, além de ser reconhecida como prática médica que envolve maior humanização da atenção à saúde. As dificuldades e resistências apontadas pelos gestores estão relacionadas à falta de informações acerca da homeopatia, e isso gera insegurança.