Saúde e Sociedade

A estratégia saúde da família como opção política e modelo de atenção

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O apoio às Equipes da ESF: uma estratégia prioritária

O NASF deve ser constituído por equipes compostas de profissionais de diferentes áreas de conhecimento para atuarem em conjunto com os profissionais das Equipes de Saúde da Família, compartilhando as práticas em saúde nos territórios sob responsabilidade das Equipes de Saúde da Família nos quais o NASF está cadastrado (BRASIL, 2009).

A Equipe de NASF/ESF tem como responsabilidade central atuar e reforçar as diretrizes na atenção à saúde: a interdisciplinaridade, a intersetorialidade, a educação popular, o território, a integralidade, o controle social, a educação permanente em saúde, a promoção da saúde e a humanização (BRASIL, 2009).

A Equipe de NASF/ESF, em sua atuação, deverá criar espaços de discussão para gestão do cuidado, como, por exemplo, reuniões e atendimentos conjuntos constituindo processo de aprendizado coletivo. Dessa maneira, o Nasf não se constitui porta de entrada do sistema para os usuários, mas apoio às Equipes de Saúde da Família, e tem como eixos a responsabilização, a gestão compartilhada e o apoio à coordenação do cuidado que se pretende oferecer aos indivíduos e às famílias (BRASIL, 2009).

Importante saber que o NASF está dividido em nove áreas estratégicas: atividade física/práticas corporais, práticas integrativas e complementares, reabilitação, alimentação e nutrição, saúde mental, serviço social,saúde da criança/do adolescente e do jovem, saúde da mulher e assistência farmacêutica (BRASIL, 2009).

Obviamente, o trabalho articulado entre NASF e ESF deve ter como suporte a referência e a contrarreferência para média e alta complexidade, de forma que o Nasf seja um potencializador da Rede de Atenção à Saúde, tal qual preconizado pela Política Nacional de Atenção Básica (BRASIL, 2011).

Outra perspectiva que modula a demanda são os novos desafios do perfil brasileiro de morbimortalidade, com a ampliação das necessidades de saúde, uma vez que há envelhecimento populacional (MENDES, 2009), aumento da carga de doenças crônicas e não transmissíveis (FRENK, 2006; MENDES, 2009) e uma patente medicalização social (MENDONÇA, 2009; TESSER; POLI; CAMPOS, 2010).

Esse novo panorama entra exatamente na questão da articulação entre o NASF e a ESF como um espaço privilegiado para ações em promoção de saúde e prevenção de doenças, uma vez que profissionais, tais como o nutricionista, o fisioterapeuta, o assistente social, o psicólogo e o educador físico, detêm conhecimentos importantes para a abordagem dessas novas demandas, tanto em termos preventivos como curativos, devendo atuar de maneira articulada com os profissionais da ESF.

Verdi, Da Ros, Cutolo e Souza

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