A bioética abrange um campo de estudo implementado nos anos 70 (no século XX) nos Estados Unidos, compreendendo as questões da vida e da morte, da saúde e da doença, da qualidade de vida e do sofrimento; um campo revolucionado pelos desenvolvimentos tecnobiomédicos e suas aplicações.
O cancerologista e bioquímico norte-americano Van Rensselaer Potter justifica a emergência do conceito de bioética referindo-se, em sua obra, ao desenvolvimento exponencial do conhecimento científico (especialmente na biologia) e ao concomitante atraso da reflexão necessária à sua utilização. Nesse sentido, o autor pede a criação de uma nova ciência – uma ciência da sobrevivência – que se baseia na aliança do saber biológico (bio/bios) com os valores humanos (ética/ethos), (DURAND, 2003)*.
* DURAND, G. Introdução geral à bioética. História, conceitos e instrumentos. São Paulo, São Camilo/ Loyola, 2003.
A bioética é "o conhecimento de como usar o conhecimento". Ao ser essa ponte entre ciências e humanidade, a bioética tem por tarefa ensinar como usar o conhecimento no campo científico-biológico.
A bioética considera que não é suficiente o "instinto" de sobrevivência, é necessário que se elabore uma "ciência" da sobrevivência, que Potter identifica como bioética (NAHARRO, 2005)*.
* NAHARRO, M. L. A. N. Propuesta ética para bioética desde una fundamentación iusnaturalista. Madrid: Fundación Universitaria Española, 2005.
Acompanhe a animação a seguir para entender o significado da palavra bioética.