Além dos motivos citados, também a desigualdade de acesso das pessoas pobres aos bens de consumo indispensáveis à sobrevivência passaram a fazer parte da reflexão dos pesquisadores engajados em uma bioética transformadora.
Nesse sentido, uma ética baseada em princípios universais não pode ser aplicada, ou simplesmente incorporada num contexto de desigualdade (GARRAFA, 2006)*.
* GARRAFA, V. O novo conceito de Bioética. In: GARRAFA, V; KOTTOW, M; SAADA, A. (Org.). Bases conceituais da bioética: enfoque latino-americano. São Paulo: Gaia; 2006. p. 9-16.
Atente que as críticas foram motivadas principalmente pela sua falta de utilidade para analisar conflitos que exigissem flexibilidade, adequação cultural e o enfrentamento de macroproblemas bioéticos, persistentes ou cotidianos, vivenciados por grande parte das populações de países, como o Brasil, marcados pela exclusão social (PORTO; GARRAFA, 2005).
* PORTO, D.; GARRAFA, V. Bioética de intervenção: considerações sobre a economia de mercado. Revista Bioética, v. 13, n. 1, p. 111-123, 2005.
Para melhor compreensão, o desenvolvimento da Bioética foi dividido em quatro etapas, como apresentado a seguir.
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