Ao superar a noção de saúde como atribuição exclusiva do setor saúde, parte-se para uma ação intersetorial que destaca a saúde no contexto das políticas sociais e de participação da população no processo das decisões e controle das condições de saúde do indivíduo e da coletividade (MEIRELLES, 2003)*.
Acompanhe a explicação.
A seguir, as seguintes intervenções são apresentadas duas intervenções:
Conheça um pouco sobre suas características.
I) Intervenções na Saúde para a População em geral
Para a Organização Mundial de Saúde (WHO, 2011), as intervenções na promoção de saúde para prevenir as DCNT em uma base populacional ampla não só são atingíveis, mas também rentáveis. E o nível de renda de um país ou sua população não são barreiras para o sucesso das ações. Soluções de baixo custo podem ser adotadas em qualquer lugar para reduzir os fatores de risco para DCNT. Embora muitas intervenções possam ser custo-efetivo, algumas ações são consideradas best buy.
O Ministério da Saúde (BRASIL, 2011)* traduz o termo “Best buy” como as “melhores apostas”, ou seja, ações a serem executadas imediatamente para que produzam resultados acelerados em termos de vidas salvas, doenças prevenidas e custos altos evitados. Neste texto manteremos o termo original do inglês, salientando que estas intervenções caracterizam-se por ser mais custo-efetivas.
Acompanhe agora mais informações sobre “Best buy”.
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Saiba Mais |
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022 Brasília : Ministério da Saúde, 2011. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/cartilha_dcnt_completa_portugues.pdf. Acesso em: 11 jul. 2011
É importante salientar que as ações de promoção da saúde e prevenção de doenças não podem se afastar da necessidade de envolver vários setores da sociedade para a diminuição das desigualdades, seja por uma educação mais efetiva, dirigida também a estes grupos marginalizados socialmente, resgatando a inserção social, cultural e no mercado de trabalho, bem como por uma participação social para a defesa dos seus direitos (MEIRELLES, 2003)*.
Sem reduzir suas desigualdades, o setor saúde não está em boas condições para pedir a outros setores que implementem ações de combate aos determinantes sociais.