Módulo 7: Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)
Unidade 3: Planejamento e Gestão na Atenção Psicossocial

Atenção Psicossocial: Análise Situacional
Ampliação e qualificação das ações de atenção psicossocial na atenção básica
Planejamento da Rede de Atenção Psicossocial
As pessoas e a situação de saúde
A análise situacional a partir do território
Financiamento e orçamento da RAPS
A organização da RAPS e sua gestão

As pessoas e a situação de saúde

As pessoas e a situação de saúde

Conceituar o ser humano não é uma tarefa fácil devido à sua complexidade, e qualquer tentativa implica em reducionismos. O ser humano é envolvido por diversas dimensões como a biológica, a psíquica, a social, a cultural, a espiritual, a jurídica, a ambiental, dentre outras. A partir da conexão e entrelaçamento destes aspectos, as pessoas vão se constituindo e construindo uma forma de se comportar, pensar, sentir, agir e ser. Esta forma é dinâmica e pode ir mudando ao longo do processo do ciclo de vida das pessoas de acordo com sua história de vida relacionada com os diferentes contextos.

Viver é se relacionar constantemente, durante o processo da vida, e as pessoas costumam vivenciar o sofrimento através de diversas maneiras e singulares. Dores físicas, mal estar psicológico, assédio moral, perda de um ente querido e viver isolado, entre outros, representam maneiras de expressar o sofrimento.

Há pessoas que mesmo em sofrimento conseguem manter equilíbrio em se relacionar com sua vida social, familiar e trabalho. Outras pessoas podem não conseguirem dar conta de sua vida e rompem na sua forma de se relacionar com o mundo vivido. De acordo com Brasil (2004, p.13) um caso grave de saúde mental é correspondente aos “transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e demais quadros, cuja severidade e/ou persistência justifiquem sua permanência num dispositivo de cuidado intensivo”. Neste momento de sofrimento intenso, podem irromper situações de risco e vulnerabilidade, com a ruptura dos laços sociais e situações de crise.

No entanto, para abordar tais situações e auxiliar no acolhimento e acompanhamento da pessoa-família pelas equipes é necessária uma organização da gestão da clínica e do cuidado. É importante também o apoio da dimensão técnico-administrativa da gestão local em relação aos processos de trabalho e à organização dos serviços e da rede de saúde. Esta dupla dimensão da gestão precisa criar mecanismos para conheceras situações sofrimento e de crise e refletir sobre as intervenções propostas.

Para isto é importante a sistematização das informações sobre a realidade sanitária que se expressa no âmbito individual e coletivo no cotidiano da clínica e nos territórios.

Para Calvo, Magajewski e Andrade (2012) a finalidade dos sistemas de informação é fundamentar a ação. A informação representa a interpretação dos dados que foram coletados, processados e analisados, o que permite a definição e adoção de medidas por parte dos gestores e trabalhadores.

Palavra de Profissional
Assim, para sabermos o universo das pessoas com internação psiquiátrica, por exemplo, os sistemas de informações devem estar integrados em rede, de modo que os profissionais consigam visualizar, acompanhar e se manterem atualizados em relação a cada caso e produzir estatísticas adequadas.

De modo que se torna imperativa a discussão sobre este tema, incluindo de fato as informações sobre saúde mental, álcool e outras drogas nos sistemas de informações do SUS.

Palavra de Profissional
No âmbito federal, o DATASUS (Departamento de Informática do SUS) fomenta, armazena, regulamenta e avalia os dados informatizados inerentes a saúde no Brasil. Está normatizado pelo Decreto nº 7.530 de 21 de julho de 2011, que trata da estrutura regimental do Ministério da Saúde. Revogado pelo Decreto Lei nº 7.797, de 2012).

Clique aqui e confira. Decreto/D779

Neste estudo abordamos conhecimentos relevantes sobre as pessoas e a situações de saúde, onde você refletiu sobre a importância do nosso papel no cuidado e acolhimento no atendimento ao nosso cliente.

Pense sobre isto no seu dia-a-dia!