As pessoas e a situação de saúde
Conceituar o ser humano não é uma tarefa fácil devido à sua complexidade, e qualquer tentativa implica em reducionismos. O ser humano é envolvido por diversas dimensões como a biológica, a psíquica, a social, a cultural, a espiritual, a jurídica, a ambiental, dentre outras. A partir da conexão e entrelaçamento destes aspectos, as pessoas vão se constituindo e construindo uma forma de se comportar, pensar, sentir, agir e ser. Esta forma é dinâmica e pode ir mudando ao longo do processo do ciclo de vida das pessoas de acordo com sua história de vida relacionada com os diferentes contextos.
Viver é se relacionar constantemente, durante o processo da vida, e as pessoas costumam vivenciar o sofrimento através de diversas maneiras e singulares. Dores físicas, mal estar psicológico, assédio moral, perda de um ente querido e viver isolado, entre outros, representam maneiras de expressar o sofrimento.
Há pessoas que mesmo em sofrimento conseguem manter equilíbrio em se relacionar com sua vida social, familiar e trabalho. Outras pessoas podem não conseguirem dar conta de sua vida e rompem na sua forma de se relacionar com o mundo vivido. De acordo com Brasil (2004, p.13) um caso grave de saúde mental é correspondente aos “transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e demais quadros, cuja severidade e/ou persistência justifiquem sua permanência num dispositivo de cuidado intensivo”. Neste momento de sofrimento intenso, podem irromper situações de risco e vulnerabilidade, com a ruptura dos laços sociais e situações de crise.
No entanto, para abordar tais situações e auxiliar no acolhimento e acompanhamento da pessoa-família pelas equipes é necessária uma organização da gestão da clínica e do cuidado. É importante também o apoio da dimensão técnico-administrativa da gestão local em relação aos processos de trabalho e à organização dos serviços e da rede de saúde. Esta dupla dimensão da gestão precisa criar mecanismos para conheceras situações sofrimento e de crise e refletir sobre as intervenções propostas.
Para isto é importante a sistematização das informações sobre a realidade sanitária que se expressa no âmbito individual e coletivo no cotidiano da clínica e nos territórios.
Para Calvo, Magajewski e Andrade (2012) a finalidade dos sistemas de informação é fundamentar a ação. A informação representa a interpretação dos dados que foram coletados, processados e analisados, o que permite a definição e adoção de medidas por parte dos gestores e trabalhadores.
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De modo que se torna imperativa a discussão sobre este tema, incluindo de fato as informações sobre saúde mental, álcool e outras drogas nos sistemas de informações do SUS.
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Neste estudo abordamos conhecimentos relevantes sobre as pessoas e a situações de saúde, onde você refletiu sobre a importância do nosso papel no cuidado e acolhimento no atendimento ao nosso cliente.
Pense sobre isto no seu dia-a-dia!