Cada causa identificada virá acompanhada da pergunta “o que a causou”, e assim por diante, até esgotar sua explicação. Devemos proceder da mesma forma para os descritores D2 e D3, lembrando que uma causa pode ser comum a dois ou mesmo aos três descritores. Desta forma, é necessário que estabeleçamos o fluxo de relação causal para obter a rede explicativa. Este fluxo deve ser seguido na descrição das consequências.
Se imaginarmos que a construção de uma árvore explicativa é uma estratégia: o problema seria o caule, suas causas a raiz, e suas consequências a copa.
Podemos, também, estabelecer um fluxograma situacional conforme proposto por Carlos Matus, com a utilização de quadros e setas.
Na metodologia do Planejamento Estratégico Situacional, identificar as causas do problema quer dizer identificar os nós críticos do problema e a sua identificação é fundamental, pois, para solucioná-lo devemos atacar as suas causas. Na seleção dos nós críticos, decidimos sobre quais causas devemos atuar, ou seja, aquelas consideradas mais importantes na origem do problema. O nó crítico também traz a ideia de algo sobre o qual eu posso intervir, ou seja, está dentro do meu espaço de governabilidade.
Concluímos, aqui, o momento explicativo do Planejamento Estratégico Situacional, segundo proposto por Carlos Matus. O próximo passo é o desenho do plano de ação. Mas isto é assunto para outro momento.
Lacerda, Botelho e Colussi