Módulo 7: Linha de Cuidado nas Urgências/Emergências Cárdio e Neurovasculares
Unidade 1: Cuidado de Enfermagem nas Emergências Cardiovasculares

Conceitos Iniciais
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
Arritmias Cardíacas
Parada Cardiorrespiratória (PCR)
Atendimento a PCR sistematizado - Suporte básico de vida
Atendimento a PCR sistematizado - Suporte Avançado de Vida (SAV ou ACLS)

ECG

Importante salientar que, independente da estratégia de classificação de risco adotada pela Unidade de saúde, deve-se reconhecer que a dor torácica é um sintoma comum, sendo necessária a diferenciação daquela de origem coronariana das demais. Vejamos na animação a seguir as recomendações para a avaliação do paciente.

Retomando o ECG do sr. José, percebe-se um supradesnivelamento do segmento ST. Vamos observar, no traçado da figura a seguir, as alterações nas derivações (V2, V3, V4 e AVL) do ECG:

Figura: Supradesnivelameneto do Segmento ST do ECG

Fonte: Birnbaum e Drew (2003)

O eletrocardiograma de Sr. José apresentou alterações semelhantes às que seguem na figura ilustrada pelos mesmos autores.

Figura: Supradesnivelameneto do Segmento ST do ECG

Fonte: Birnbaum e Drew (2003)

Saiba Mais
Para que você possa aprofundar melhor a eletrofisiologia cardíaca disponibilizamos a seguir alguns sites interessantes:

Podemos concluir, então, que pelo ECG e o quadro clínico, seu José está apresentando um quadro de Síndrome Coronariana Aguda (SCA) com Supradesnivelamento do Segmento ST. Vamos conferir, na tabela abaixo, se os sinais e sintomas que o Sr. José apresentou são semelhantes ao apontado pelo protocolo da SCA, disponibilizado juntamente com o documento da Consulta Pública.

Quadro: Diagnóstico de síndrome coronariana aguda

Fonte: Lodi-Junqueira, Ribeiro e Mafra (2011).

E quais seriam, então, os exames que deveriam ser realizados nesse paciente?
Segundo o protocolo nacional, em pacientes com IAM com supradesnível de ST, o resultado da dosagem dos MNM (Marcadores de Necrose Miocárdica) não deve ser aguardado antes da reperfusão miocárdica, para que não haja atraso no início do tratamento. Temos, aqui, um nível de evidência (III/B).

Compartilhando
Após analisar a tabela anterior como você classificaria o sr. José durante sua primeira avaliação? Essa é uma boa discussão para você e seus colegas. Visite ainda o fórum que foi aberto pelo seu tutor e participe da discussão sobre este protocolo.

Você teve oportunidade de conhecer o protocolo para as síndromes coronarianas? Ele foi disponibilizado junto à consulta pública conforme indicado no link abaixo. Lá, encontramos claramente as melhores evidências científicas para o tratamento ao paciente que apresenta o supra ST como diagnóstico para o IAM.

Saiba Mais
Acesse:
  • Consulta pública das síndromes coronarianas, disponível aqui;
  • PORTARIA Nº 706, DE 20 DE JULHO DE 2012, que trata da alteração da Tabela de Tipo de Estabelecimentos do SCNES, especificamente, a descrição do tipo 36 - CLÍNICA ESPECIALIZADA/AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO para CLÍNICA/CENTRO DE ESPECIALIDADE e define os subtipos por tipo de Estabelecimento, disponível aqui.

Concordamos com Sallum e Paranhos (2010), quando afirmam que o enfermeiro ocupa lugar de destaque no atendimento aos pacientes com síndromes coronarianas agudas. Portanto, é de fundamental importância o conhecimento da fisiopatologia desta doença, a classificação de risco, as alterações clínicas e eletrocardiográficas, as terapêuticas e cuidados específicos, além da habilidade no atendimento às emergências cardiológicas.

Palavra do Profissional
Agora que você pôde apreciar o protocolo para o tratamento das Síndromes Coronarianas Agudas, reflita sobre como podemos pensar numa assistência segura baseada na melhor evidência.

Neste estudo aprendemos que as doenças cardiovasculares são as principais causas de mortalidade na população brasileira e como prestar assistência ao usuário com problemas cardiovasculares, na perspectiva de desenvolver a linha de cuidado na Rede de Urgência e Emergência do Sistema Único de Saúde.