Módulo 7: Linha de Cuidado nas Urgências/Emergências Cárdio e Neurovasculares
Unidade 1: Cuidado de Enfermagem nas Emergências Cardiovasculares

Conceitos Iniciais
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
Arritmias Cardíacas
Parada Cardiorrespiratória (PCR)
Atendimento a PCR sistematizado - Suporte básico de vida
Atendimento a PCR sistematizado - Suporte Avançado de Vida (SAV ou ACLS)

Atendimento a PCR sistematizado - Suporte Avançado de Vida (SAV ou ACLS)

Palavra do Profisional
Lembre-se que nada adianta um excelente atendimento em SAV sem que ocorra adequado SBV. Assim, para estabelecer uma linha de cuidado adequada na rede de atenção às urgências e emergências, esteja sempre atento às mudanças e evoluções que ocorrem no atendimento em RCP.


Atendimento a PCR sistematizado - Suporte Avançado de Vida (SAV ou ACLS)

Consiste na utilização de dispositivos invasivos para as vias aéreas, inserção de cateter venoso e utilização de drogas vasoativas. Embora nessa etapa os recursos técnicos e materiais sejam muito maiores, o SBV é fundamental para o atendimento da PCR. O algoritmo convencional de SAV para PCR foi racionalizado para privilegiar a importância da RCP de alta qualidade, isto é, compressões fortes e rápidas, minimizar as interrupções nas compressões e evitar ventilar excessivamente o paciente.

Observe a figura a seguir, que apresenta o novo algoritmo de SAV Circular, no sentido de que as atividades devem ser contínuas e de qualidade.

Figura: Utilize o serviço de emergencia.

Fonte: TRAVERS, et al. (2010).

Vamos então observar a seguir, os aspectos essenciais que garantem a qualidade da reanimação cárdio-pulmonar.

Qualidade da RCP

  • Comprima com força [>2pol (5cm) e rapidez (>100/min)] e aguarde o retorno total do tórax;
  • Minimize ao máximo as interrupções nas compressões;
  • Evite ventilação excessiva. Observe a expansão torácica no retorno das compressões;
  • Alterne a pessoa que aplica as compressões a cada dois minutos;
  • Se uma via aérea avançada não foi estabelecida, a relação compressão x ventilação deve ser de 30:2. A capnografia quantitativa deve ser com forma de onda, pois se PaCO2 (Pressão Parcial Arterial do Dióxido de Carbono) é > (maior) que 45mmHg e PETCO2 (Dióxido de Carbono ao Final da Expiração) < (menor) que 10mm Hg, tente melhorar a qualidade da RCP;
  • Pressão intra-arterial. Se a pressão na fase de relaxamento (diastólica) é < 20mm Hg, tente melhorar a qualidade da RCP.
Retorno da circulação espontânea (RCE)
  • Avaliar o Pulso e a Pressão Arterial. Observe o aumento abrupto prolongado no PETCO2 (normalmente ≥ 40mm Hg);
  • Observe a variabilidade espontânea na pressão arterial como monitorização infra-arterial.

Palavra do Profissional
Ao executar a desfibrilação, não esqueça dos aspectos fundamentais de segurança tais como: afastar todas as pessoas do paciente; assegurar-se de que não está tocando no paciente; não descarregar no ar ou com as pás encostadas uma na outra. Tais aspectos garantirão a segurança de todos os envolvidos na cena e, principalmente, uma adequada desfibrilação do paciente.

Energia e choque para a Desfibrilação

  • Corrente Bifásica: observe as recomendações do fabricante (o choque deve ser de 120 a 300J), se desconhecida a corrente do aparelho, usar o choque máximo disponível. A segunda carga para o choque e as subsequentes devem ser equivalentes, podendo ser consideradas cargas mais altas;
  • Corrente Monofásica: sempre 360J. Veja posição das pás na desfibrilação, conforme imagem a seguir:
Figura: O posicionamento das pás do Desfibrilador

Fonte: KELLY, 2011

Saiba Mais
Para aprofundar seus conhecimentos sobre esse tema, assista ao vídeo disponível aqui.

Terapia medicamentosa em SAV

  • Dose EV (Endovenosa) ou IO (Intra-Óssea) de epinefrina: 1mg EV que deve ser repetida a cada 3 a 5 minutos;
  • Dose EV/IO de vasopressina: 40 unidades podem substituir a primeira ou a segunda dose de epinefrina;
  • Dose EV/IO de amiodarona: primeira dose: bolus inicial de 300mg e segunda dose: 150mg.

Palavra do Profisional
Observe sempre o protocolo de sua instituição e unidade em relação às medicações que serão utilizadas. As que disponibilizamos neste conteúdo foram fundamentadas nos últimos Guidelines da American Heart Association, de 2010.

Via Aérea Avançada

  • A Via aérea avançada deve ser a supraglótica ou por intubação endotraqueal;
  • Verifique a Capnografia em forma de onda para confirmar e monitorar o posicionamento do tubo ET;
  • Faça de oito a dez ventilações por minuto, com compressões torácicas contínuas, a partir do momento que uma via aérea avançada for estabelecida.
Na próxima página, daremos início à abordagem dos procedimentos para a circulação.