Intervenções de Enfermagem
Diagnósticos e Intervenções de Enfermagem de acordo com a CIPE®
Ansiedade elevada
- Manter paciente em repouso, calmo e informado sobre a terapêutica farmacológica utilizada, bem como seus efeitos;
- Proporcionar contato com a família, quando possível;
- Monitorar SV (PA, FC, T, P e saturação de O2).
Confusão mental presente
- Avaliar nível de consciência;
- Aplicar escala de Ramsey, nos casos de sedação para cardioversão;
- Monitorar saturação de oxigênio;
- Avaliar parâmetros gasométricos;
- Manter grades elevadas ou oportunizar presença do acompanhante, principalmente em idosos;
- Observar efeitos adversos das drogas antiarrítmicas, pois podem alterar o nível de consciência.
Dor pré-cordial presente
- Administrar medicamentos analgésicos conforme prescrição médica e observar reações adversas;
- Avaliar nível de dor conforme escala;
- Administrar medicação analgésica CPM.
ESV (Extra sístoles ventriculares)
- Administrar bloqueadores beta-adrenérgicos para diminuir a frequência e a carga de trabalho cardíaco, cpm;
- Avaliar e registrar a frequência, a morfologia e a complexidade das extras-sistoles, obtendo ECG de 12 derivações quando incapaz de avaliar o ritmo ao monitor;
- Investigar o aparecimento desta arritmia;
- Realizar ausculta cardíaca para avaliação das bulhas.
Potencial para taquicardia ventricular sem pulso elevado
- Monitorar traçado eletrocardiográfico preferencialmente em DII e comunicar alterações;
- Manter carrinho de emergência equipado e testado;
- Aplicar algoritmo conforme Guidelines do ACLS ou protocolo institucional;
- Avaliar bulhas cardíacas por meio de ausculta;
- Avaliar morfologia do complexo QRS.
Potencial para bloqueio de Ramo elevado ou outras arritmias
- Monitorar traçado eletrocardiográfico preferencialmente em DII e comunicar alterações;
- Manter carrinho de emergência equipado e testado;
- Avaliar ECG, comparando com terapêutica e agravos anteriores do paciente;
- Determinar o efeito da arritmia sobre o quadro clínico do paciente;
- Relacionar a arritmia com a história previa do paciente (IAM, ICC);
- Monitorar frequência cardíaca;
- Manter carrinho de emergência equipado e testado.
- Manter botão de sincronismo ligado;
- Observar nível de sedação conforme escala de Ramsey.
- Manter paciente monitorizado durante cardioversão elétrica, se necessária;
- Realizar cuidados com uso do cardioversor (gel nas pás, carregar equipamento, afastar-se da cama no momento do disparo).
Potencial para choque cardiogênico elevado
- Manter carrinho de emergência equipado e testado;
- Monitorar sinais vitais de dez em dez min na eminência de choque, após, de duas em duas horas;
- Avaliar sinais de baixo débito.
Hipertensão severa
- Administrar medicamento cpm;
- Controlar balanço hídrico;
- Atentar para débito urinário e uso de medicações anti-hipertensivas em bomba infusora.
Risco para EAP, por ICC descompensado
- Observar alterações do padrão respiratório;
- Controlar saturação de oxigênio;
- Administrar oxigênio em máscara de Venturi se Sat < 90%
- Avaliar sons pulmonares por meio de ausculta;
- Estabelecer verificação de PVC para avaliar o nível de volemia do paciente;
- Avaliar jugulares.
Perfusão Tissular alterada
- Observar sudorese;
- Avaliar tempo de enchimento capilar;
- Aquecer extremidades, evitando calafrios.
Risco para Débito cardíaco diminuído
- Observar nível de consciência;
- Ajustar alarmes no monitor atentando para PAM abaixo de 80 mmhg;
- Observar alterações como: hipotensão, sonolência, hipertermia, taquicardia, bradicardia e presença de arritmias ventriculares.
Dispneia elevada
- Manter oxigenioterapia em máscara de Venturi com FIO2 a 50% e vazão de O2 de 10 lts se Sat < 92%;
- Coletar gasometria seguindo protocolo institucional;
- Monitorar distúrbios acidobásicos.
Risco para Hipercalemia
- Observar alterações da onda T;
- Observar ionograma e comunicar alterações.
Bradicardia elevada por BAV Total
- Avaliar frequência cardíaca em intervalos menores e estar atento quando seu valor for menos que 50 bpm;
- Manter paciente em monitorização cardíaca e oximetria de pulso continuamente;
- Avaliar sinais de baixo débito;
- Reconhecer existência de extra-sístoles ventriculares durante a bradicardia.
Taquicardia sinusal compensada
- Evitar manobras vagais nos seios carotídeos;
- Manter paciente calmo, orientando sobre os procedimentos;
- Administrar adenosina Ev em bolus, seguida de solução salina 10 ml, elevar membro do paciente;
- Orientar o paciente acerca dos efeitos colaterais desta droga (aperto no peito e sensação de morte iminente);
- Observar presença de onda P e intervalo PR.
Pode haver necessidade de que o paciente faça uso de Marca-Passo (MPA). Para tanto, abordamos, a seguir, as intervenções específicas para o paciente que faz uso de marca-passo transcutâneo.
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Palavra do Profisional |
Os diagnósticos e as intervenções sugeridas neste módulo estão fundamentadas na CIPE®, versão 1.0. Algumas arritmias foram enquadradas também na relação dos diagnósticos como possibilidade de inclusão na CIPE®. Contudo, recomendamos que você observe a terminologia de referência de sua instituição e/ou unidade, respeitando os cuidados que são necessários aos pacientes nessas condições.
Enfim, neste estudo abordamos as arritmias cardíacas, aprendendo a:
- identificar distúrbios de ritmo e frequência por meio do ECG;
- realizar avaliação clínica identificando as complicações hemodinâmicas resultantes dos distúrbios de ritmo e de frequência cardíaca;
- compreender os efeitos da administração dos fármacos com ação antiarrítmica; e
- proceder a assistência de enfermagem segura aos pacientes.