Módulo 8: Linha de Cuidado Nas Urgências/Emergências Traumatológicas
Unidade 3: A avaliação Inicial (primária) à vítima de trauma

Introdução
Ventilação e Respiração
Contusão Pulmonar
Circulação com controle da Hemorragia
Avaliação Neurológica
Exposição com Controle da Hipotermia

Intervenções de enfermagem referentes à circulação

Intervenções de enfermagem referentes à circulação - Atividades/ações:

Controle da HIPOVOLEMIA
I. Controle da HIPOVOLEMIA Expansão de volume hídrico intravascular em paciente com depleção de volume.
  • Manter o acesso venoso desobstruído.
  • Monitorar os sinais vitais, quando apropriado.
  • Monitorar sinais e sintomas clínicos de hidratação excessiva/excesso de líquidos.
  • Monitorar a resposta do paciente à reposição de líquidos.
  • Iniciar a reposição de líquidos prescritos, quando adequado.
  • Orientar o paciente ou a família sobre as medidas instituídas para tratar a hipovolemia.
Controle do Choque hipovolêmico
II. Controle do CHOQUE: hipovolêmico: Promoção de perfusão tissular adequada, para paciente com volume intravascular gravemente comprometido.
  • Prevenir perda de volume sanguíneo (por exemplo: aplicar pressão sobre o local do sangramento).
Monitoração HÍDRICA
III. Monitoração HÍDRICA: Coleta e análise de dados do paciente para regulação do equilíbrio hídrico.
  • Monitorar a pressão sanguínea, a frequência cardíaca e o padrão respiratório.
Terapia ENDOVENOSA
IV. Terapia ENDOVENOSA: Administração e monitoramento de líquidos e medicamentos endovenosos.
  • Observar os “cincos certos” antes de iniciar a infusão ou administração de medicamentos (droga certa, dose certa, paciente certo, via certa e frequência certa).
  • Monitorar sinais e sintomas associados à flebite por infusão e a infecção local.
Controle do CHOQUE
V. Controle do CHOQUE: Facilitação do oferecimento de oxigênio e nutrientes aos tecidos sistêmicos, com excreção de produtos de degradação celulares, em paciente com perfusão tissular alterada com gravidade.
  • Monitorar os sinais vitais, a pressão sanguínea ortostática, o estado mental e a eliminação urinária.
  • Inserir cateter urinário, quando adequado.
  • Inserir sonda nasogástrica para aspirar e monitorar as secreções, quando apropriado.
Monitoração dos SINAIS VITAIS
VI. Monitoração dos SINAIS VITAIS: Verificação e análise de dados cardiovasculares, respiratórios e da temperatura corporal para determinar e prevenir complicações.
  • Monitorar a pressão sanguínea, o pulso, a temperatura e o padrão respiratório, quando adequado.
  • Observar as tendências e as flutuações na pressão sanguínea.
  • Monitorar a presença e a qualidade dos pulsos.
  • Monitorar a frequência e o ritmo cardíaco.
  • Monitorar a frequência e o ritmo respiratórios (por exemplo: profundidade e simetria torácica).
  • Monitorar os sons pulmonares.
  • Monitorar a cor, a temperatura e a umidade da pele.
Precauções contra SANGRAMENTO
VI. Precauções contra SANGRAMENTO: Redução de estímulos que possam induzir a sangramento ou à hemorragia em pacientes de risco
  • Monitorar o paciente buscando sinais de hemorragia.
  • Proteger o paciente de trauma que possa causar sangramento.
Punção VENOSA
VII Punção VENOSA: Inserção de agulha em veia periférica para a administração de líquidos, sangue ou medicamentos.
  • Selecionar uma veia adequada para a venopunção.
Prevenção do CHOQUE
IX. Prevenção do CHOQUE: Detecção e tratamento de paciente com risco de choque iminente.

Monitorar as primeiras respostas compensatórias à perda de líquidos: frequência cardíaca aumentada, pressão sanguínea diminuída, hipotensão ortostática, débito urinário diminuído, pulsos filiformes, enchimento capilar reduzido, apreensão, palidez e pele fria, sudorese.
Redução do SANGRAMENTO
X. Redução do SANGRAMENTO: Limitação da perda de volume de sangue durante um episódio de sangramento.
  • Identificar a causa do sangramento.
  • Monitorar a quantidade e a natureza da perda de sangue.
  • Aplicar compressão direta ou curativo compressivo, se apropriado.

No que se refere à circulação, cabe destacar que uma medida eficiente para controlar o sangramento é o uso de torniquetes. Você certamente já ouviu falar em torniquete. Vamos então aprender um pouco mais sobre este procedimento?

Na tentativa sem sucesso do controle da hemorragia de extremidades com amputação traumática, a aplicação do torniquete está indicada. Assim, um protocolo para a aplicação do torniquete, segundo PHTLS (2007), deve ser:

  • Tentar controlar a hemorragia sem sucesso.
  • Aplicar torniquete com manguito faixa tipo smart (tira de borracha larga ou de latex);
  • Fixar no lugar específico.
  • Escrever em esparadrapo/fita adesiva hospitalar etc. (colar no torniquete) o horário da aplicação do torniquete.
  • Deixar o local descoberto para visualizar a recidiva de hemorragia.
  • Transportar paciente até o serviço de saúde.
O que devemos usar para aplicar um torniquete? Acompanhe.
  • Usar bandagem parecida com uma gravata dobrada com largura aproximada de 10cm.
  • Fazer nó na bandagem e colocar um bastão de metal ou madeira sobre o nó para fazer um segundo nó.
  • O bastão é torcido até que a hemorragia cesse e é fixado no lugar.
  • É possível utilizar os torniquetes fabricados comercialmente (faixa de smart).
Torniquetes Fonte: http://www.seg-social.es/ism/gsanitaria_es/ilustr_capitulo7/cap7_2_hemorragias.htm

A seguir, observe as características essenciais de um torniquete adequado. Siga as orientações para utilização segura do torniquete, veja o quadro:

Quadro: Orientações para utilização segura do torniquete.

Siga em frente e acompanhe o próximo tema!