Módulo 8: Linha de Cuidado Nas Urgências/Emergências Traumatológicas
Unidade 3: A avaliação Inicial (primária) à vítima de trauma

Introdução
Ventilação e Respiração
Contusão Pulmonar
Circulação com controle da Hemorragia
Avaliação Neurológica
Exposição com Controle da Hipotermia

Acesso Venoso

Outra medida de extrema importância durante a avaliação da circulação diz respeito a canalizar precocemente uma veia calibrosa para a infusão de soluções. Pois, uma vez estabelecido o acesso venoso, imediatamente é iniciada a reposição volêmica na vítima, preservando assim sua hemodinâmica e a integridade de órgãos nobres. Para isso, destacamos a seguir os locais preconizados para viabilizar a punção venosa:

  • Fossa anticubital dos M. M. S. S.
  • Jugulares externas.
  • Femurais.
  • Safenas.
  • Punção intraóssea.

Atenção: Você deve providenciar dois acessos venosos calibrosos e observar a permeabilidade da veia periférica.

Saiba Mais
Para aprofundar e conhecer melhor a localização anatômica das veias femurais, assista ao vídeo.
Clique aqui e confira: Triângulo Femoral - Tutorial Anatomy.

Palavra do Profissional
Atenção rigorosa deve ser dada ao uso de dispositivos, tais como coberturas estéreis para cateteres de punção venosa periférica, uma intervenção para a segurança do paciente com risco de infecção.

Acompanhe as imagens dos dispositivos disponíveis para o pronto estabelecimento do acesso venoso.

Cateter Intravenoso 22g Fonte: http://www.cloud2.ecompleto.com.br/i/fp/1189/336694_1.jpg


Podemos observar, na figura a seguir, a técnica de canalização do acesso venoso.
Acesso venoso por punção Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABCL8AD/acesso-venoso-por-puncao.


Dispositivo de Inserção Intraóssea Fonte:http://ems.pgpic.com/Cook-manual-needle.jpg

Saiba Mais
Em crianças com até sete anos de idade de difícil acesso venoso, podemos realizar a punção intraóssea, conforme pode ser observado no vídeo indicado.
Clique aqui e confira: Cozinheiro IO inserção da agulha.

Solução de Ringer: lactato em alto fluxo deve ser administrada (2 litros inicialmente + 2 litros e mais 1litro, se necessário, para equilibrar a condição hemodinâmica).

Palavra do Profissional
Atenção! Se após estas medidas a condição hemodinâmica não melhorar, providencie imediatamente hemoderivados.

Acompanhe na animação a seguir mais detalhes sobre o tema:

Atenção aos sinais de lesão uretral, como edema peniano e sangramento em meato uretral, pois contraindicam o procedimento.

Alicerçados nos princípios da segurança do paciente, julgamos prudente ainda realizar a sondagem vesical para a observação do quadro circulatório da vítima, quando estiver com toda condição necessária para a realização de um procedimento seguro. Esta escolha é fundamentada na menor possibilidade de traumas e no menor risco de contaminação durante o procedimento. Há que se destacar outra medida importante nesse momento de avaliação, diagnóstico e intervenções, que se refere à sondagem nasogástrica e orogástrica.

Palavra do Profissional
Atenção aos sinais de fraturas na base do crânio, como Battle e guaxinim, que contraindicam a instalação de sonda nasogástrica, somente a orogástrica.

Com relação à necessidade de descompressão gástrica ou como meio de identificar possíveis sangramentos gástricos, a sondagem gástrica somente é realizada em vítimas que não apresentem sinais sugestivos de fratura de base de crânio. Esses sinais são otorreia, rinorreia, hematoma retroauricular e hematoma periorbitário. Como medida de cautela, esse procedimento deve ser feito no Atendimento Pré-Hospitalar fixado antes de a vítima ser transportada ao hospital para tratamento definitivo, pois há risco de instalar uma sonda gástrica no cérebro através de um falso trajeto da fratura craniana, quando esta for colocada pela nasofaringe.

Nesse estudo você relembrou conhecimentos importantes sobre a Circulação com controle da Hemorragia e os mecanismos que envolvem este processo.