Os temas a serem abordados neste conjunto de informações, são:
Apontaremos didaticamente a sistematização do atendimento à vítima de trauma conforme preconizado pelo Colégio Americano de Cirurgiões no Curso Advanced Life Trauma Support (ATLS, 2007). Lembre-se de que esse princípio consiste na identificação dos problemas prioritários e imediato tratamento desses problemas que coloquem o paciente (vítima) em risco iminente de sobrevivência.
O processo de enfermagem é um instrumento sistemático básico de trabalho do enfermeiro, dirigido pela lógica científica, que serve para avaliar o estado de saúde do paciente/cliente, diagnosticar suas necessidades de cuidados, formular um plano de cuidados, implementar e avaliar sua efetividade. A aplicação do processo de enfermagem, pelo enfermeiro, visa prestar uma assistência que possa atender a todas as necessidades do paciente.
A sistematização de enfermagem na prática clínica, e em consonância com seus estudos, compõe o campo de ação da enfermagem científica, baseada nas evidências e na construção de um saber legítimo da profissão. Assim, identificar diagnósticos de enfermagem das vítimas de trauma possibilita aos enfermeiros que atuam neste cenário detectar e controlar os riscos precocemente e planejar individualmente o cuidado prestado a esses pacientes por meio de intervenções específicas, fundamentadas cientificamente, capazes de proporcionar ações eficazes e imediatas (CYRILLO et al., 2009).
A avaliação é a estrutura fundamental para o melhor tratamento de uma vítima (PHTLS, 2007).
A avaliação das prioridades e as manobras iniciais são apresentadas em uma sequência que facilite a memorização, para tanto, resgatamos o “ABCDE”. acima mencionado. Acompanhe:
A implantação da Sistematização de Atendimento de Emergência (SAE) constitui uma exigência para as instituições de saúde públicas e privadas de todo o Brasil, de acordo com a Resolução 358 (COFEN, 2009). É também uma orientação da Lei do Exercício Profissional da Enfermagem (Lei 7.498, de 25 de junho de 1986). Além disso, sua implantação se torna uma estratégia na organização da Assistência de Enfermagem nas instituições, considerando-a como a prática de um processo de trabalho e como um modelo a ser aplicado em todas as áreas de assistência à saúde coordenada pelo enfermeiro e em todas as assistências realizadas por este. Essa prática deve ser documentada formalmente em prontuário, para todos os pacientes atendidos em ambientes de saúde pré e intra-hospitalar (unidades públicas e privadas).
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Coleta de Dados
A Coleta de Dados é a etapa inicial e uma das mais importantes da assistência de enfermagem, pois com as informações obtidas, sistematizadas e organizadas, torna-se possível a determinação do estado de saúde do cliente que está sendo assistido.
Lista de Dados
A Lista de Dados é padronizada, porém a sua quantidade varia na dependência das necessidades do paciente (vítima de trauma), do contexto da cena do acidente e do ambiente de atendimento (pré-hospitalar móvel e fixo e intra-hospitalar). Nesse caso, é necessária uma coleta rápida dos dados, um diagnóstico preciso e firmado também com rapidez, com frequência compilada com a implementação das intervenções de enfermagem e manobras essenciais do atendimento à vítima. De modo geral, essa base de dados é denominada por Jarvis (2010) como “Base de Dados da Emergência” (CYRILLO, 2005).
Para orientar o enfermeiro na coleta de dados, é importante um sistema de organização baseado no foco avaliativo do método mnemônico do “ABCDE”. A estrutura da coleta de dados de enfermagem inclui dados objetivos e subjetivos com grau de significância para a clientela a ser assistida.
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Assim, a seguir daremos ênfase, didaticamente, em cada fase do atendimento inicial à vítima de trauma.
Esteja atento aos aspectos de biossegurança, que são:
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