A asma é reversível espontaneamente ou com tratamento, manifestando-se clinicamente por episódios recorrentes de sibilância, dispneia, aperto no peito e tosse, particularmente à noite e pela manhã ao despertar (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA, 2012). Resulta de uma interação entre genética, exposição ambiental a alérgenos e irritantes e outros fatores específicos que levam ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas.
Há alguns fatores que desencadeiam a asma. Veja na animação quais são eles:
Na patogenia da asma, está envolvida uma variedade de células e mediadores inflamatórios que atuam sobre a via aérea e levam ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas. A crise asmática, ou exacerbação da asma, corresponde à agudização do quadro de obstrução e hiperresponsividade das vias aéreas. Durante a exacerbação, ocorre edema e infiltrado inflamatório da parede brônquica e aumento da produção de muco. Isso causa o estreitamento da luz das vias aéreas, que, por sua vez, reduz o fluxo de ar dos pulmões.
A crise de asma é causada por diferentes gatilhos que induzem à inflamação nas vias aéreas e provocam broncoespasmo. Esses desencadeantes variam de pessoa para pessoa e de momento para momento na história da doença.
Os principais desencadeantes da crise asmática, identificados na prática clínica, são: alérgenos inalatórios, infecção viral das vias aéreas, poluentes atmosféricos, exercício físico, mudanças climáticas, alimentos, aditivos, drogas e estresse emocional. Menos frequentemente, outros fatores podem contribuir como desencadeante: rinite alérgica, sinusite bacteriana, polipose nasal, menstruação, refluxo gastroesofágico e gestação (DALCIN, PERIN, 2009).
O mecanismo pelo qual a limitação aguda do fluxo aéreo é desencadeada varia de acordo com o fator desencadeante. A broncoconstrição induzida pelos alérgenos resulta da produção de mediadores inflamatórios dependentes da liberação de imunoglobulina e pelos mastócitos. Entretanto, a broncoconstrição aguda pode também ocorrer devido à hiperresponsividade das vias aéreas a uma variedade de estímulos não alérgicos. Nessa situação, os mecanismos envolvidos na bronconstrição aguda são, além dos mediadores inflamatórios, os reflexos neurais desencadeados por estimulação central e local. Qualquer que seja o fator desencadeante, a via final comum desse processo resulta em contração da musculatura lisa das vias aéreas, aumento na permeabilidade capilar, extravasamento capilar, edema e espessamento da mucosa brônquica.
Com a progressão da obstrução ao fluxo aéreo na crise asmática grave, a insuficiência respiratória ocorre como consequência do aumento do trabalho respiratório, da troca gasosa ineficaz e da exaustão dos músculos respiratórios.
A manifestação subjetiva de “aperto no peito”, acompanhada de tosse seca, geralmente marca o início de uma crise asmática. Há mais alguns sintomas que caracterizam essa crise. Vamos conhecê-los na animação a seguir, juntamente com as devidas intervenções de enfermagem a serem efetuadas nesses casos:
Intervenções de Enfermagem
Neste estudo, aprendemos que asma é uma doença inflamatória crônica, caracterizada por hiperresponsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo. Vimos que são vários os gatilhos que podem desencadear uma crise asmática e que, com a manifestação dos seus sinais e sintomas, as devidas intervenções de enfermagem devem ser efetuadas.