Módulo 6: Linha de Cuidado nas Urgências/Emergências Clínicas Respiratórias e Metabólicas
Unidade 1: Aplicação da metodologia da assistência nas urgências respiratórias

Avaliação clínica do enfermeiro: anamnese e exame físico
Avaliação clínica do enfermeiro: exame laboratorial e por imagem
Insuficiência respiratória aguda
Asma
Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
Pneumonia
Distúrbios acidobásicos
Grupos farmacológicos
Técnicas e procedimentos de assistência ventilatória
Intubação e Ventilação
Alarmes

Anamnese e exame físico

Devido à necessidade de intervenção rápida, que geralmente é observada na unidade de emergência, nem sempre é possível ter o tempo adequado para a identificação das necessidades afetadas dos pacientes. Entretanto, por mais curto que seja esse tempo, é importante que o enfermeiro aplique uma metodologia de identificação de problemas.

Para que a conduta de enfermagem seja realizada de forma rápida e eficiente, é importante que o enfermeiro conheça os principais critérios de avaliação respiratória, de modo a identificar evidências de obstrução das vias aéreas ou de insuficiência respiratória aguda.

Anamnese

Na anamnese (ou história clinica) são obtidas as informações de interesse do enfermeiro que permitem compreender as dimensões do processo saúde-doença vivenciado pelo paciente. A anamnese também visa à relação enfermeiro-paciente.

Veja na animação a seguir o que deve ser feito na anamnese:

Exame físico

O exame físico é uma etapa fundamental para o planejamento do cuidado de enfermagem, no qual o paciente é avaliado por meio de sinais e sintomas, procurando por anormalidades que podem sugerir problemas no processo de saúde e doença. Esse exame deve ser realizado de maneira sistematizada, no sentido céfalo-caudal, através de uma avaliação minuciosa de todos os segmentos do corpo utilizando as técnicas propedêuticas: inspeção, palpação, percussão e ausculta.

A frequência respiratória deve ser contada por um minuto inteiro, e avaliada em uma das seguintes categorias:

A Eupneia é a frequência “normal”, que corresponde às frequências entre 12 a 20 movimentos ventilatórios por minuto (mvm).

A Taquipneia se refere a frequências superiores a 20 por minuto, sendo geralmente o primeiro indicador de dificuldade respiratória. Suas possíveis causas incluem febre, ansiedade, dor, problemas circulatórios, ou ainda, anemia.

A Bradipneia é a frequência respiratória inferior a 10 movimentos respiratórios por minuto. Ela pode ser um indicativo de elevação da pressão intracraniana, depressão do centro respiratório, overdose por narcóticos, deterioração severa na condição do paciente, hipotermia.

Finalmente, a Hiperpneia corresponde ao aumento na profundidade da respiração além do normal, que pode existir com ou sem hiperventilação. Pode estar presente em diferentes situações tais como acidose metabólica, febre, ansiedade.

O movimento do tórax deve ser igual, bilateral e simétrico. Geralmente, o ritmo respiratório é diferente entre homens e mulheres. Nos homens, o ritmo respiratório parece ser originado do abdômen ou diafragma, e as mulheres tendem a respirar pela musculatura torácica ou dorsal.

O uso excessivo da musculatura abdominal indica um aumento do esforço ventilatório. É importante que você esteja alerta das diferentes circunstâncias nas quais os pacientes parecem usar a musculatura abdominal, porque isso irá prevenir uma avaliação incorreta.

Na observação do ritmo, é importante identificar a dispneia, que é a experiência subjetiva de sensações respiratórias desconfortáveis. Apesar do seu caráter subjetivo, algumas definições antigas misturam o verdadeiro sintoma com a presença de sinais físicos, tais como batimento de asas do nariz ou elevações da frequência respiratória.

Dando continuidade aos nossos estudos, na página seguinte veremos mais a respeito da inspeção.