Módulo 6: Linha de Cuidado nas Urgências/Emergências Clínicas Respiratórias e Metabólicas
Unidade 1: Aplicação da metodologia da assistência nas urgências respiratórias

Avaliação clínica do enfermeiro: anamnese e exame físico
Avaliação clínica do enfermeiro: exame laboratorial e por imagem
Insuficiência respiratória aguda
Asma
Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
Pneumonia
Distúrbios acidobásicos
Grupos farmacológicos
Técnicas e procedimentos de assistência ventilatória
Intubação e Ventilação
Alarmes

Fisiopatologia, sinais, sintomas e intervenções de enfermagem

As pneumonias são classificadas como pneumonia adquirida na comunidade, pneumonia nosocomial, pneumonia no hospedeiro imunocomprometido e pneumonia aspirativa.

Clique no quadrinho a seguir para conhecer um pouco da fisiopatologia da pneumonia:

O termo broncopneumonia é utilizado para descrever a pneumonia que é distribuída de forma irregular e foi originada em uma ou mais áreas localizadas dentro dos brônquios, estendendo-se para o parênquima pulmonar adjacente. A broncopneumonia é mais comum do que a pneumonia lobar.

Sinais e sintomas

A pneumonia apresenta sinais e sintomas variados dependendo do tipo, organismo causal, e presença de doença subjacente. Entretanto, não é possível diagnosticar uma forma específica de pneumonia apenas pelas manifestações clínicas, conforme apresentamos na animação a seguir:

Os sinais e sintomas da pneumonia também podem depender da condição subjacente do paciente. Diferentes sinais ocorrem em pacientes com condições como câncer, e aqueles que estão realizando tratamento com imunossupressores, que diminuem a resistência a infecções. Tais pacientes apresentam febre, crepitações e consolidação do tecido pulmonar, incluindo aumento do frêmito tátil (vibração vocal detectada na palpação), sons respiratórios brônquicos, egofonia e pectoriloquia.

Estas mudanças nos sons ventilatórios ocorrem porque o som é transmitido melhor por meio de tecido sólido ou denso (consolidação) do que através de tecido preenchido com ar.

Escarro purulento ou mudanças discretas nos sintomas respiratórios podem ser o único sinal de pneumonia em pacientes com DPOC. Pode ser difícil determinar se um aumento dos sintomas é uma exacerbação da doença subjacente ou um processo adicional infeccioso.

Intervenções de enfermagem

• Mantenha vias aéreas desobstruídas e forneça oxigenação adequada.

• Obtenha amostra de escarro.

• Se o paciente não conseguir expectorar, realize aspiração.

• Para prevenir a disseminação de infecção, descarte as secreções corretamente.

• Monitorize os valores da gasometria arterial, especialmente se o paciente estiver hipóxico.

• Avalie o estado respiratório do paciente frequentemente, auscultando-o, pelo menos, a cada 4 horas.

• Avalie a efetividade dos medicamentos administrados.

• Avalie o estado respiratório, incluindo frequência, profundidade, facilidade das ventilações, dispneia, uso de musculatura acessória e diminuição dos sons ventilatórios.

• Observe mudanças no estado mental, cor da pele, cianose.

• Observe a qualidade da tosse e a capacidade em eliminar secreções incluindo a consistência e características do escarro, pois a remoção de secreções previne a obstrução de vias aéreas e seu acúmulo pode levar a piora da infecção e consolidação dos pulmões.

• Mantenha o paciente com oximetria de pulso.

• Mantenha o paciente com cabeceira elevada.

• Encoraje a tosse e a respiração profunda.

• Realize higiene oral.

Vimos que essa doença apresenta sinais e sintomas variados dependendo do tipo, organismo causal, e presença de doença subjacente, e que são classificadas como pneumonia adquirida na comunidade, pneumonia nosocomial, pneumonia no hospedeiro imunocomprometido e pneumonia aspirativa. Abordamos também as intervenções de enfermagem adequadas nesse caso.