Módulo 6: Linha de Cuidado nas Urgências/Emergências Clínicas Respiratórias e Metabólicas
Unidade 1: Aplicação da metodologia da assistência nas urgências respiratórias

Avaliação clínica do enfermeiro: anamnese e exame físico
Avaliação clínica do enfermeiro: exame laboratorial e por imagem
Insuficiência respiratória aguda
Asma
Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
Pneumonia
Distúrbios acidobásicos
Grupos farmacológicos
Técnicas e procedimentos de assistência ventilatória
Intubação e Ventilação
Alarmes

Ausculta

Os tipos de sons normais são:

É importante lembrar que a inspiração tem intensidade e duração maiores que as da expiração; ausculta-se toda a inspiração e somente o terço inicial da expiração; o som é suave, não havendo pausa entre inspiração e expiração.

O som vesicular encontra-se com a sua intensidade aumentada quando: o paciente respira amplamente com a boca aberta, após esforço, em crianças e em pessoas emagrecidas; nos portadores de afecções pulmonares unilaterais – no lado não afetado. O som apresenta intensidade diminuída nas seguintes condições: pneumotórax, hidrotórax, espessamento pleural, enfisema pulmonar, dor torácica, obstrução das vias aéreas superiores, oclusão parcial/total de brônquios ou bronquíolos. A fase expiratória do som vesicular está prolongada na asma brônquica, enfisema e bronquite.

Os tipos de sons normais adventícios ou anormais classificam-se em contínuos e descontínuos.

Esses sons podem ser intensos e obscurecer os sons normais da respiração. Podem ocorrer na inspiração e/ou na expiração, ser localizados ou difusos e ser encontrados em pequena ou grande quantidade; todas essas características devem ser registradas. Dividem-se em:

Ronco

É usado para denominar os sons graves com ruído alto, semelhantes ao roncar ou ressonar das pessoas. São produzidos quando as vias respiratórias maiores estão repletas de líquido.

Sibilo

Sons agudos produzidos pelas vias respiratórias quando em constrição e que ocorrem durante a expiração; semelhantes a um assobio ou chiado.


Os sons descontínuos são sons explosivos, intermitentes e de curta duração. São pequenos sons de estalidos, borbulhante ou do tipo chocalho que se ouvem numa parte do pulmão. Eles ocorrem quando o ar se move através das vias respiratórias repletas de líquido. Dividem-se em:


Estertores finos (ou crepitantes)
Frequência relativamente alta, pequena amplitude e duração mais curta, não são influenciados pela tosse e são ouvidos na metade final da inspiração. O som não se altera com a tosse, modifica-se com a mudança de posição e é influenciado pela gravidade. O som é comparado ao ruído produzido por um velcro.
Estertores grossos (ou bolhosos)
Têm frequência mais baixa e maiores amplitude e duração que os estertores finos, são ouvidos principalmente no início da inspiração e em quase toda a expiração e são modificados ou mesmo desaparecem com a tosse. Modifica-se com a tosse e não se altera com a posição do paciente.
De origem pleural - Atrito pleural
Apresenta-se como um ruído irregular, descontínuo, mais intenso na inspiração e nas regiões axilares inferiores. Frequentemente comparado com o ranger de couro atritado. Tem grande duração, baixa frequência e tonalidade grave, mais comum nas regiões axilares inferiores.

Saiba Mais
Neste site você encontra um tutorial que irá auxiliá-lo na avaliação dos sons pulmonares: clique aqui e confira.

Neste tópico aprendemos sobre dois critérios de avaliação respiratória, por meio dos quais você pode identificar evidências de obstrução das vias aéreas ou de insuficiência respiratória aguda. Vimos que a anamnese visa à obtenção das informações que permitirão compreender as dimensões do processo saúde-doença vivenciado pelo paciente, e que o exame físico constitui-se em uma avaliação minuciosa de todos os segmentos do corpo utilizando as técnicas propedêuticas de inspeção, palpação, percussão e ausculta. Com o diagnóstico obtido através dessas avaliações, estabelecem-se os cuidados e as intervenções de enfermagem.