Módulo 6: Linha de Cuidado nas Urgências/Emergências Clínicas Respiratórias e Metabólicas
Unidade 1: Aplicação da metodologia da assistência nas urgências respiratórias

Avaliação clínica do enfermeiro: anamnese e exame físico
Avaliação clínica do enfermeiro: exame laboratorial e por imagem
Insuficiência respiratória aguda
Asma
Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
Pneumonia
Distúrbios acidobásicos
Grupos farmacológicos
Técnicas e procedimentos de assistência ventilatória
Intubação e Ventilação
Alarmes

Exame por Imagem

a) Partes moles: Consistem principalmente em gorduras e algumas densidades de água. Os tecidos devem aparecer simétricos quando comparados de lado a lado.

b) Traqueia: Aparece como uma coluna de tecido radiolucente ou de densidade de gás entre as clavículas ou sobre a coluna vertebral. A Carina é normalmente posicionada aproximadamente no nível da 6ª costela anterior ou T4. Quando um tubo endotraqueal está bem posicionado, a extremidade do tubo está aproximadamente de 3 a 5 cm acima da Carina.

c) Ossos do tórax: Escápula, clavículas, coluna e costelas são identificáveis como densidade de osso.

d) Espaços intercostais: Cada espaço intercostal é numerado de acordo com a costela acima dele. A largura do espaço intercostal é determinada pela medida do grau do ângulo costovertebral relativo às costelas posteriores. O ângulo normal é 45 graus; com espaços intercostais alargados, o ângulo pode dobrar a mais de 90 graus. Espaços intercostais alargados ocorrem em condições como DPOC, pneumotórax e derrame pleural que aumentam o volume pulmonar. Por outro lado, espaços intercostais estreitados ocorrem na atelectasia e fibrose intersticial, que estão associadas a condições que diminuem o volume pulmonar.

 

e) Diafragma: Tem densidade de água e cada hemidiafragma tem forma de domo. O hemidiafragma direito normalmente é mais alto no tórax que o esquerdo, devido ao fígado. A elevação diafragmática é evidente quando menos de nove a dez costelas estão visíveis, e pode ser causada por distensão abdominal, compressão do nervo frênico ou colapso pulmonar. A depressão diafragmática está presente quando 11 a 12 costelas estão visíveis. A depressão ou achatamento do diafragma está associado com hiperinflação do pulmão ou tórax como no DPOC e pneumotórax.

f) Mediastino: inclui o coração, grandes vasos, traqueia e brônquios-fonte direito e esquerdo. O coração e os grandes vasos possuem densidade de água, e a traqueia e brônquios têm densidade de ar. O átrio direito forma a borda direita do coração. O ventrículo direito não pode ser detectado diretamente na radiografia de tórax porque esta estrutura está localizada no centro da sombra do coração. A veia cava superior está visualizada acima da sombra da aorta ascendente no tórax direito.

g) Campos pulmonares: constituídas principalmente de ar e muito pouco tecido ou sangue. Assim os campos pulmonares são visualizados como áreas de densidade de ar/gás ou como uma área completamente radiolucente.

Saiba Mais
Nos sites indicados a seguir, você encontrará um rico material que lhe ajudará a sistematizar melhor a avaliação das radiografias torácicas. Para saber mais sobre:

• a avaliação sistemática de radiografias do tórax, clique aqui.

• incidências, aspectos técnicos e sistematização da análise em radiografias simples do tórax, clique aqui.

• métodos de diagnóstico por imagem aplicados ao tórax, clique aqui.

Neste estudo, conhecemos dois importantes tipos de exames que auxiliam na identificação de diferentes intercorrências respiratórias, o exame laboratorial e o por imagem. O exame laboratorial frequentemente realizado na avaliação da função respiratória do paciente em unidade de emergência é a gasometria arterial, obtido por meio de amostra de sangue.

Vimos também que o RX de tórax é um instrumento diagnóstico importante na identificação rápida de anormalidades respiratórias, e que é necessária a visualização sistemática desse exame para a avaliação das diferentes estruturas que compõem essa parte do corpo.